Caulins da Amazônia como matéria-prima para novas misturas de cimento de calcário e argila calcinada
Palavras-chave:
Caulins da Amazônia, Novas blendas, LC³Resumo
O uso de materiais cimentícios suplementares constitui uma das estratégias da indústria global do cimento para limitar o aquecimento global. Na região amazônica, entre 1990 e 2018, produziu-se cimentos com 14-30% de argila calcinada e 5-10% de calcário. Posteriormente, o uso de argilas calcinadas e calcário foi substituído apenas calcário em até 25%. Uma solução regional para reduzir custos e otimizar indicadores ambientais seria o uso de cimentos de argila calcinada e calcário (LC³) em larga escala, com outras proporções de caulim calcinado/calcário. O presente estudo teve como objetivo investigar a viabilidade de novas composições de LC3 a partir da razão caulim calcinado/calcário abaixo de 2 e percentuais de substituição de clínquer acima de 50%. Os resultados apontam para a possibilidade de utilizar maior quantidade de calcário nas composições LC³ incorporando menos clínquer e caulim calcinado, trazendo benefícios ambientais com redução de custos de produção. São necessárias mudanças nas normas brasileiras para incluir novas composições de LC³.
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