O efeito do teor de pentóxido de fósforo (P2O5) no clínquer Portland na liberação de calor durante a hidratação de pastas de cimento

Autores

  • José Andrade Neto UDESC
  • Rayara Pinto Costa
  • Paulo Ricardo de Matos
  • Ana Paula Kirchheim

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do P2O5 na hidratação de pastas de cimento. Foram analisadas pastas de cimento de dois clínqueres diferentes, com baixo e alto teor de P2O5 (0,17 e 0,81%), e com diferentes teores de P2O5 (0,3 – 1,2%) adicionados a partir de soluções de fosfato dissódico. A cinética de hidratação dos cimentos foi acompanhada por calorimetria isotérmica durante 72h. Observou-se que maiores quantidades de P2O5 resultaram em retardo na hidratação, evidenciado por períodos de indução prolongados e menor liberação de calor nas primeiras 24 horas. O retardo foi linear com o aumento do P2O5 para os dois clínqueres avaliados. O calor total liberado também diminuiu linearmente com a adição de P2O5, indicando seu impacto na hidratação. Após 48 horas, o calor liberado pelas pastas com P2O5 ultrapassou ou igualou os cimentos de referência, sugerindo que o retardo é mais proeminente nas primeiras horas ou dias. O P2O5 proveniente do fosfato dissódico teve um efeito muito mais significativo do que o presente no clínquer. Conclui-se que o P2O5, especialmente em solução, retarda a hidratação do cimento.

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Publicado

15/01/2024

Como Citar

Andrade Neto, J., Pinto Costa, R., Ricardo de Matos, P., & Kirchheim, A. P. (2024). O efeito do teor de pentóxido de fósforo (P2O5) no clínquer Portland na liberação de calor durante a hidratação de pastas de cimento. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO CIMENTO, 1(00), 1–4. Recuperado de https://eventos.antac.org.br/index.php/sbcc/article/view/3688

Edição

Seção

Reatividade de cimentos e clinqueres

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