DIREITO À CIDADE EM PORTELINHA: ANÁLISE DE INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS EM ARACRUZ, ES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/singeurb.v4i00.3339

Palavras-chave:

Direito à Cidade, Regularização Fundiária, Área Precária

Resumo

Este artigo tem como foco a aplicação de instrumentos urbanísticos para promover o Direito à Cidade, com ênfase num assentamento precário conhecido como Portelinha, em São Clemente II, Aracruz, no Espírito Santo. O objetivo é analisar a viabilidade da regularização fundiária nessa região. A pesquisa adota uma abordagem teórica, apresentando resultados parciais. O método envolve revisão bibliográfica, análise do marco legal de Regularização Fundiária nº 13.465/2017, bem como do Plano Diretor Municipal e do Plano Local de Habitação de Interesse Social. Os dados e a pesquisa indicam que a Portelinha carece de intervenções por meio do instrumento de Regularização Fundiária, o município reconhece a urgência em propor melhorias e garantir a segurança dos moradores. No entanto, a legislação impõe limitações, visto que a área não foi consolidada no prazo máximo estabelecido pela Lei. Mesmo diante da evidente emergência, caracterizada por irregularidades legais, riscos à vida e insalubridade, não foram identificados indícios de ações ou propostas do município para solucionar a situação na localidade, provocando discussões em relação à velocidade que a cidade se desenvolve e a necessidade da flexibilidade dos instrumentos urbanísticos.

Biografia do Autor

Júlia Mattiello, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória - ES, Brasil)

Clara Luiza Miranda, Universidade Federal do Espírito Santo

Pós-Doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG (MG, Brasil)

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Publicado

2024-03-11

Como Citar

MATTIELLO, Júlia; MIRANDA, Clara Luiza. DIREITO À CIDADE EM PORTELINHA: ANÁLISE DE INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS EM ARACRUZ, ES . In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO E ENGENHARIA URBANA, 4., 2023. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2023. DOI: 10.46421/singeurb.v4i00.3339. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/singeurb/article/view/3339. Acesso em: 3 dez. 2024.