PROCESSAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADO MIÚDO DE CASCA DE MEXILHÃO
Palavras-chave:
Casca de mexilhão, agregado miúdo, processamento, caracterizaçãoResumo
A indústria da maricultura vem crescendo nas regiões costeiras no Brasil, incluindo na praia de Jurujuba – Niterói (RJ), e consequentemente a geração de resíduos de casca de mexilhões, causando um problema ambiental. Visando proporcionar uma possibilidade de destino para o resíduo produzido em Niterói, este trabalho teve como objetivo processar a casca de mexilhão para transformá-la em agregado miúdo e caracterizá-la verificando a sua viabilidade de utilização. O processamento consistiu em limpeza, secagem em estufa, lavagem em betoneira por 4 ciclos, nova secagem e trituração do material. Após processamento, o material foi caracterizado por meio dos ensaios físicos de granulometria, massa específica e absorção de água; químicos de composição química, perda ao fogo, composição mineralógica e análise termogravimétrica; e análise morfológica por microscopia eletrônica de varredura. O agregado miúdo produzido apresentou granulometria na zona ótima segundo a NBR 7211:2009, massa específica de 2,64 g/cm³ e absorção de água de 3,23%. A análise química demostrou que 90% do material é composto por carbonato de cálcio em arranjo cristalino de aragonita e calcita. A morfologia dos grãos foi predominantemente angulosa, com alguma porosidade, fissuras e textura superficial rugosa. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que o material produzido a partir de casca de mexilhão cumpriu os requisitos normativos para ser utilizado como agregado miúdo na construção civil.