Iluminação artificial na praça de Casa Forte e praça Faria Neves

Resumo

Este artigo trata da iluminação artificial das Praças de Casa Forte (1935) e a Praça Faria Neves (1958), do paisagista Roberto Burle Marx em Recife, considerados jardins históricos e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Apresenta como objetivo realizar uma análise comparativa destas, a partir da observação in loco da distribuição dos focos de luz e luminárias, levando em consideração a conservação da paisagem patrimônio, a inovação tecnológica e a capacidade dos jardins de promover bem-estar. O método estabelecido foi de aproximação do objeto empírico, através da vivência em cada jardim, levantamento de dados documentais e técnicos da iluminação instalada além de registros históricos da paisagem. Os resultados mostram duas situações bem diferentes de iluminação. Ambas possuem luminárias com fontes de luz em LED (Light Emitting Diode), entretanto na Praça de Casa Forte, a distribuição original se manteve com os postes em aço fundido preservados, embora o design de lampião colonial das luminárias não tenha referência histórica com o lugar. Por outro lado, na Praça faria Neves, apesar de não termos registro do projeto original, a distribuição dos focos de luz se estrutura em novo arranjo espacial, com luminárias de maior altura e design mais funcional. A principal conclusão é que, embora estes jardins históricos sejam tombados e sua conservação seja responsabilidade do poder público, não existem princípios reguladores para intervenção da iluminação artificial como parte desta paisagem patrimônio.