Impacto térmico de fachada envidraçada em Vitória - ES
desenvolvimento de metodologia de medição para análise do conforto térmico no meio urbano
DOI:
https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.4168Palavras-chave:
Fachadas envidraçadas, Conforto térmico, Ilhas de calorResumo
A arquitetura que historicamente almejava refletir os aspectos do seu local de inserção, vem cedendo espaço para uma arquitetura padronizada, observada em edifícios com fachadas envidraçadas refletivas. Contudo, seu emprego desregrado em países de clima quente ocasiona problemas significativos de conforto térmico urbano, podendo contribuir para formação de ilhas de calor. Neste contexto, o objetivo deste artigo é definir e validar uma metodologia de medição microclimática para avaliação do impacto térmico no ambiente urbano, a nível do transeunte, ocasionado pelo uso dessa tipologia. A metodologia consistiu na caracterização e mapeamento das construções que possuem fachada envidraçada no bairro Enseada do Suá, em Vitória/ES, com definição de um edifício para análise da incidência solar e dos pontos para campanha de medição, que ocorreu em um único dia e utilizando os seguintes instrumentos: tripé, termo-higro-anemômetro e termômetro de globo protegidos por abrigo meteorológico. Os resultados indicam que a radiação solar refletida pelo envidraçamento, naquela localidade, pode ter influenciado no microclima urbano, alterando a sensação térmica experimentada pelo indivíduo e confirmando a efetividade da metodologia. Dessa forma, entende-se a importância da continuidade dos estudos com a medição proposta para obtenção da comprovação do impacto térmico ocasionado pelas fachadas envidraçadas refletivas.
Referências
BARROS, M. C. S. L. S. B. Análise da interferência da reflexão solar de fachadas envidraçadas de edifícios comerciais no conforto térmico urbano. 2019. 96f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Espírito-Santense, FAESA, Vitória, 2019.
BARROS, M. C. S. L. S. B.; MAIOLI, R. N. O impacto das fachadas envidraçadas reflexivas na cidade: desenvolvimento de metodologia de medição para análise do conforto térmico urbano. In: XV Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído e XI Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído: Mudanças climáticas, concentração urbana e novas tecnologias, 2019, João Pessoa. Anais... Porto Alegre: ANTAC, 2019, p. 1369-1378.
FIALHO, E. S. Ilhas de Calor: reflexões acerca de um conceito. ACTA, Geográfica, Boa Vista, Ed. Esp. Climatologia Geográfica. 2012, p. 61-76.
FRAMPTON, K. História Crítica da Arquitetura Moderna. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FREITAS, M. P. P. Caracterização de sensores e abrigos meteorológicos de baixo custo. Orientador: Rafael Perett Pezzi. 2018. 110f. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Física, Instituto de Física e da Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
GARTLAND, L. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. Tradução Silvia Helena Gonçalves. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 248p.
GOBO, J. P. A.; GALVANI, E. Referencial técnico e teórico-metodológico aplicado a estudos de conforto humano em ambientes externos. Revista de Geografia. Recife, v. 33, n. 4, p. 132-157, 2016.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 7726 - Ergonomics of the termal environment: Instruments for measuring physical quantities. 1998.
LABAKI, L. C.; FONTES, M. S.; BUENO-BARTHOLOMEI, C. L.; DACANAL, C. Conforto térmico em espaços públicos de passagem: estudos em ruas de pedestres no estado de São Paulo. Ambiente Construído. Porto Alegre, 2012.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. Rio de Janeiro: ELETROBRAS/PROCEL, 3. ed., 2014.
MAIOLI, R. N. et al. A transformação da fachada na tipologia construtiva de edifícios comerciais verticais em Vitória-ES e sua relação com o conforto ambiental. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO - DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA INTERNACIONALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO, 2016, São Paulo. Anais... São Paulo: 2016. p.1220-1233.
MASCARÓ, L.; MASCARÓ, J. J. Ambiência urbana. 3. ed. Porto Alegre: Masquatro, 2009.
MICHELATO, R. Avaliação do desempenho térmico de vidros refletivos: estudo de caso em células-teste. 2007. 225f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007.
MONTEIRO, J. R. V.; LEDER, S. M. A aplicação da termografia como ferramenta de investigação térmica no espaço urbano. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁTVEIS, 4., 2011, Vitória. Anais... Vitoria: 2011.
OLIVEIRA, J. V. de. As transformações espaciais ocorridas na Enseada do Suá – Vitória, a partir de 1990. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Geografia. Rio de Janeiro, 2007.
PINHEIRO, A. C. R. et al. A influência da vegetação no conforto dos usuários em praça pública de Vitória-ES. In: Anais do XVI Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído / XII Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, 2021, Palmas. Anais... Palmas: 2021. p.161-167.
ROMERO, M. A. B. Arquitetura bioclimática do espaço público. Brasília: UnB, 2016.
SILVA, F. T. da. Conforto térmico do transeunte: a porosidade urbana como condicionante da ventilação. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Espírito Santo, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
