O REUSO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO COLETIVA EM CURITIBA APÓS A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES (PURAE)
Palavras-chave:
Àgua pluvial, reuso, Curitiba, edifícios habitacionais, PURAEResumo
Desde 2006, tornaram-se obrigatórios em Curitiba-PR, por meio do Decreto Municipal no 293, a coleta e o armazenamento da água da chuva da cobertura para uso em fins não potáveis na própria edificação. Tal obrigatoriedade se verifica pela concepção do sistema em fase de projeto e no momento da concessão do “habite-se”, em vistoria técnica, por parte das entidades competentes do município. Não existe uma fiscalização a respeito do uso dessa água, portanto, não há conhecimento se os sistemas são utilizados na fase de operação do edifício. A lei não estabelece quaisquer critérios para a implantação do sistema, o que possibilita uma diversidade de soluções e de decisões de projeto. O trabalho tem como objetivo levantar a maneira como foram concebidos os sistemas e como a água pluvial é utilizada na edificação. A pesquisa foi realizada por meio de visitas técnicas aos edifícios, com documentação fotográfica e entrevistas. O levantamento foi realizado em 9 edifícios de diferentes construtoras e constatou-se que cada solução tem uma particularidade, seja pelo tipo do reservatório, sua localização na edificação ou ainda, a finalidade de uso da água da chuva. O dimensionamento de reservatório da legislação de Curitiba não leva em conta os parâmetros relevantes constantes nos métodos da NBR 15527/2007, tais como índice pluviométrico, a área de captação e a demanda para a água de chuva armazenada. Contudo, os sistemas têm atendido às demandas propostas em projeto, sem haver necessidade de escoar água do reservatório ou grandes períodos da falta de chuva. Nas edificações visitadas, destaca- se a necessidade da identificação de possíveis demandas para que o projeto contemple pontos de utilização compatíveis com tais usos e que se possa ampliar o emprego das águas pluviais para fins não potáveis.