INCIDÊNCIA DE EPIDEMIAS SIMULTÂNEAS, DENGUE E COVID-19 EM CAMPINAS/SP
Palavras-chave:
Ambiente Construído, Meio Urbano, Dengue, COVID-19, CampinasResumo
O cenário contemporâneo da crise sanitária no Brasil atualmente possui um foco no espalhamento e efeitos da pandemia de COVID19 no sistema de saúde, resultando na dificuldade de identificação, busca por atendimento e consequentemente na subnotificação de casos de outras doenças, entre elas a Dengue, cujo vetor Aedes Aegypti, adaptado ao ambiente urbano, gera uma disseminação da doença associada principalmente a mobilidade urbana e características do ambiente construído. O contexto pandêmico dificultou a compreensão dos sintomas pela população em geral, impactando ações práticas de busca de criadouros e nebulização do território para o combate à dengue. O município de Campinas, na última década vem registrando recordes nacionais de casos de Dengue (2014, 2015 e 2019), e no ano de 2020, em meio a pandemia, registrou uma queda de 90% nos casos da doença em relação ao último ano, gerando uma preocupação com a possível subnotificação. O objetivo desta pesquisa é analisar a incidência de ambas as doenças no município de Campinas/ SP, identificando características e estabelecendo padrões entre a proliferação e o espaço urbano. Baseada em dados e comunicados emitidos pelo Departamento de Vigilância Sanitária (DEVISA) de Campinas sobre ações ativas no território para controle da Dengue (2019-2021), e boletins epidemiológicos das doenças (2019-2021), se buscou elaborar mapeamentos e organização de registros de casos das doenças para identificação das principais áreas afetadas pelas doenças no município e uma análise de características arquitetônicas e urbanas destes locais relacionadas a padrões socioeconômicos que podem ter efeito sobre o maior ou menor espalhamento de ambas as enfermidades. Desta forma, foi possível identificar as áreas de maior concentração de ambas as doenças, relacionando-as com as características socioespaciais e da estrutura urbana de Campinas.