DESEMPENHO ENERGÉTICO DE UM EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS A PARTIR DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE FACHADAS ENVIDRAÇADAS

Autores

  • Ludimila Mallmann SCHMALFUSS Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Roseana Bonotto RUIVO Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
  • Ana PASSUELLO Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Celina Maria Britto CORREA Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
  • Eduardo Grala da CUNHA Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)

Palavras-chave:

Desempenho energético, fachadas envidraçadas, eficiência energética, simulação computacional, energia operacional

Resumo

A utilização de fachadas envidraçadas em edifícios de escritórios é prática consolidada no Brasil, impactando diretamente no consumo energético da edificação. Uma importante alternativa na busca por edificações mais sustentáveis e eficientes energeticamente é a escolha adequada do tipo de fachada, a fim de equilibrar o consumo de energia para climatização e iluminação artificial. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar, através de simulação computacional no software EnergyPlus, o desempenho energético de diferentes tipologias de fachadas envidraçadas em um edifício de escritórios situado no grupo climático 5 (GCL-05), de acordo com Instrução Normativa Inmetro para a Classificação de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (INI-C). O edifício, chamado de Caso Referência, com fachada semi-cortina (peitoril em alvenaria + revestimento de vidro absorvente cinza), foi comparado a mesma tipologia com vidro do tipo low-e (CA) e a uma fachada cortina tradicional (CB). Os resultados demostraram que alterar o tipo de vidro de uma fachada semi-cortina, CA, proporcionou uma redução no consumo para climatização de 20,63% quando comparado ao Caso Referência, sendo capaz de melhorar o desempenho energético final do edifício em 3,18%, considerando climatização e iluminação de forma integrada. Já o CB, com fachada cortina tradicional, aumentou significativamente o consumo para ar-condicionado, 27,10% quando comparado ao Caso Referência, todavia, ofereceu uma economia de 7,59% quando combinado climatização e iluminação artificial, uma vez que a maior área envidraçada favoreceu o acesso a luz natural. Portanto, quando observado do ponto de vista da eficiência energética, a fachada cortina apresentou desempenho energético superior, demonstrando ser a solução construtiva mais eficiente energeticamente, dentre os casos analisados. Assim, este trabalho busca contribuir para a escolha de estratégias arquitetônicas que buscam a racionalização de energia operacional, visando a sustentabilidade do ambiente construído.

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Publicado

2023-04-24

Como Citar

SCHMALFUSS, L. M., RUIVO, R. B., PASSUELLO, A., CORREA, C. M. B., & CUNHA, E. G. da. (2023). DESEMPENHO ENERGÉTICO DE UM EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS A PARTIR DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE FACHADAS ENVIDRAÇADAS. ENCONTRO LATINO AMERICANO E EUROPEU SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS, 4, 900–911. Recuperado de https://eventos.antac.org.br/index.php/euroelecs/article/view/2570

Edição

Seção

Edificações: estratégias de projeto e HIS

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