COMPÓSITO A BASE DE SABUGO DE MILHO COMO ISOLANTE TÉRMICO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Palavras-chave:
compósito, sabugo de milho, avaliação, desempenhoResumo
O desperdício na construção civil é um dos grandes desafios do setor no Brasil. Estimar as perdas e desperdícios gerados na indústria de forma acurada é vital para a minimização dos mesmos na etapa de projeto. Essa visão permite ao projetista visualizar e explorar as medidas corretivas possíveis de forma a aumentar a eficiência da construção. Além disso, pode habilitar os empreiteiros a identificar processos críticos na geração de resíduos e planejar estratégias de controle. Este artigo tem como objetivo explorar os métodos existentes e as pesquisas desenvolvidas para quantificação dos resíduos gerados na construção civil através de uma revisão sistemática da literatura.O aumento do consumo de recursos naturais renováveis estimulados pelo avanço da civilização industrial, pelo crescimento populacional e pela demanda por bens e serviços, atrelado às exigências sociais e governamentais para a sustentabilidade, motiva o desenvolvimento de novas soluções industriais que consigam reduzir e até mesmo eliminar o impacto ambiental gerado pelos seus processos produtivos. Este trabalho tem como objetivo elaborar um compósito a base de sabugo de milho como isolante térmico na construção civil e avaliar a condutividade térmica, densidade aparente e resistência a flexão. O compósito foi elaborado a partir da mistura do sabugo de milho triturado com uma resina poliuretana derivada do óleo de mamona, usada como aglomerante. Foram elaborados três compósitos com diferentes granulometrias denominados A (26,25% moído grosso + 26,25% moído fino + 47,50% de resina), B (26,25% moído fino + 13,10% moído grosso + 13,10% moído médio + 47,50% de resina) e C (26,25% moído fino + 26,25% moído médio + 47,50% de resina). A partir dos resultados encontrados, pode-se verificar que todos os compósitos testados podem ser isolantes térmicos, pois apresentaram condutividade térmica inferior a 0,21 Wim.kK), possuem valores compatíveis e valor máximo admissível para isolantes térmicos convencionais. Com relação à densidade aparente, os compósitos apresentaram valores próximos a de isolantes disponíveis comercialmente, caracterizando-se como leves e com possibilidade de aplicação. Os resultados mostram que a utilização de um resíduo agrícola para preparação de material isolante térmico, a partir de um material orgânico, é importante para agricultores que podem comercializar esse material para isolamento em vez de descarta-lo ou subutilizá-lo.
