INCORPORAÇÃO DE RESÍDUOS DE CARVÃO VEGETAL EM COMPÓSITOS À BASE CIMENTÍCIA
Palavras-chave:
Resíduos de carvão vegetal, Compósitos cimentícios, Sustentabilidade, Sistemas construtivosResumo
uso de materiais suplementares em massas cimentícias vem se tornando crescente devido aos danos ambientais que a produção de cimento e a extração de agregados naturais podem causar ao meio ambiente. Os resíduos de carvão vegetal (RCV) apresentam-se como recurso renovável na incorporação de compósitos cimentícios. Pretendeu-se assim, avaliar a viabilidade técnica dos RCV como substituto parcial da areia fina em argamassas. A princípio, realizou-se um processo de beneficiamento e caracterização de amostras de RCV através das técnicas de análise do pH, e determinações analíticas. Em seguida, foi realizada a confecção das argamassas aplicando o RCV nos teores de 0%, 10%, 20% e 30% em substituição parcial a areia fina, mantendo constante a quantidade de cimento e a relação água/cimento. Após, foram realizados os ensaios de massa específica (densidade) e resistência à compressão. Os resultados mostraram o RCV como aglomerados de partículas, sendo constituído por Ca, Si, Mg, Ke S. Considerando que as pozolanas isoladamente não possuem capacidade aglomerante e necessitam de uma fonte de cálcio, o emprego de RCV tende a atender tal demanda. Nos moldes de argamassa, observou-se um acréscimo na resistência à compressão, quando comparado à amostra de referência. Pode-se concluir que o uso de RCV em substituição parcial a areia fina melhora a resistência à compressão das argamassas, com trabalhabilidade aceitável e redução da absorção de água, demonstrando viabilidade técnica, redução do descarte inadequado de RCV e redução na extração de recursos não renováveis.