BIM e microssimulação de tráfego no subsídio à redução de carbono nas cidades

Resumo

As cidades são responsáveis por 70% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE), sendo mais de um terço geradas pelo setor de transportes. Diante do crescimento populacional ascendente, que amplia os impactos ambientais do desenvolvimento econômico, o emprego de políticas de redução de emissões com ênfase no transporte urbano são críticas para mitigar as mudanças climáticas. A Modelagem da Informação da Construção (BIM) para sistemas de infraestrutura de transportes pode trazer benefícios à expansão gerenciada de áreas urbanas. Logo, o objetivo deste artigo é analisar o uso de modelos BIM integrados às microssimulações de tráfego para subsidiar políticas de redução de carbono nas cidades. Adotou-se a simulação computacional de cenários de intervenção em duas cidades brasileiras, Recife e São Paulo, que possuem metas carbono zero com ênfase na mobilidade urbana. Observou-se que as diretrizes dos planos estratégicos de ação climática dos municípios podem ser incorporadas em modelos de informação das cidades e as tomadas de decisão orientadas por resultados de avaliações comparativas de cenários de intervenção. Além dos aspectos qualitativos e quantitativos de projeto, o governo pode monitorar indicadores como tempo médio de viagem e emissão de carbono.