Da vulnerabilidade socioambiental à resiliência urbana
mapeando oportunidades na favela Jardim Jaraguá, São Paulo/ SP
DOI:
https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.3738Palavras-chave:
adaptação, mitigação, inundações, saneamento e segurança ambiental, ODS 11Resumo
O objetivo desse artigo é demonstrar o processo de mapeamento da Favela Jardim Jaraguá na região do Itaim Paulista, zona leste do Município de São Paulo, uma área considerada como irregular pelo poder público e que, portanto, não é desenhada nos registros cartográficos oficiais. A favela constitui-se assim como uma área ‘desfocada’, e colocada à margem da ‘informalidade’, ou seja, da ausência de informações. Agrava-se aí o cenário quando da ocorrência de eventos extremos de chuvas, os quais ocasionam inundações, alagamentos e deslizamentos de terra, eventos que afetam de maneira mais aguda populações que habitam assentamentos precários em áreas ambientalmente frágeis, como a orla do Ribeirão Lageado. Nesse contexto, a pesquisa apresenta um quadro da legislação ambiental vigente no Município, a qual já contempla o Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável 11 – cidades e comunidades sustentáveis. Nesse sentido, o desenho da área possibilitou delinear um prognóstico, com a identificação de cinco situações-problema, e, como resultado, foram definidas algumas diretrizes de melhorias quanto à acessibilidade, mobilidade urbana e ao saneamento básico e segurança ambiental. Como conclusão, recomenda-se que essas diretrizes sirvam como instrumento de reivindicação pela população local frente ao poder público, na busca por uma resiliência urbana efetiva.
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