COMPORTAMENTO TERMOHIGROMÉTRICO DE UM EDIFÍCIO HABITACIONAL EM CLIMA QUENTE E ÚMIDO, RECIFE-PE

Resumo

Observa-se uma valorização da arquitetura bioclimática na busca pela eficiência energética das edificações e pelo maior nível de conforto para os usuários, aliando o conhecimento acerca de soluções tecnológicas e do clima, adotando-se a máxima de uma arquitetura para cada local, que contrasta com a prática do mercado imobiliário, produtor de edifícios habitacionais em um padrão de poucas variações. Nesta pesquisa, objetivou-se analisar se um exemplar deste modelo atende aos princípios bioclimáticos e como é possível integrar interesses diversos. Desta forma, foi caracterizado o clima e o entorno imediato do objeto de estudo, relacionando-os com as diretrizes de eficiência energética que promovem conforto ao usuário, aliado à coleta de valores relativos à temperatura do ar e à umidade relativa do ar em seis cômodos de um pavimento tipo de um edifício habitacional, localizado no bairro da Madalena, Recife-PE. A primeira etapa analisou o comportamento termohigrométrico de dois dormitórios, sala de estar e cozinha do apartamento 1001 e a segunda etapa comparou o comportamento da sala e cozinha de um apartamento os ambientes respectivos do apartamento adjacente, tomando como referência os dados da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), avaliando se as estratégias bioclimáticas foram seguidas e se foi alcançado o conforto. Os dados gerados revelaram menor temperatura e maior umidade nos ambientes do apartamento 1002, que recebem os ventos predominantes do leste e do sul, gerando melhores condições para os espaços de permanência a leste. Confirma-se, então o efeito dos ventos e da sombra na promoção do conforto ambiental, em clima tropical quente e úmido.