DIRETRIZES BIOCLIMÁTICAS PARA A REGIÃO MORFOLÓGICA ‘MORUMBI/HR’ EM PRESIDENTE PRUDENTE-SP

Resumo

A arquitetura, ao longo do século XX, passou por mudanças drásticas devido a um processo de estandardização, desconsiderando as especificidades do local. Com isso, o clima deixa de ser um elemento primário da concepção e do projeto arquitetônico, provocando uma baixa eficiência energética das edificações no geral, e, portanto, a arquitetura bioclimática mostra sua devida importância ao propor soluções que apresentem desempenho ambiental eficiente. Aplicando-se o estudo em Presidente Prudente, foi possível analisar as características climáticas pertinentes da cidade e aplicar os dados obtidos no Método Tradicional de Mahoney, a fim de obter diretrizes projetuais relevantes para a concepção de projetos arquitetônicos no contexto prudentino. Também foi considerada a Zona Bioclimática 6 da NBR 15220 (2005) como parâmetro quantitativo para as diretrizes para escolha dos materiais. Partiu-se, então, para o recorte mais específico da Região Morfológica ‘Morumbi/HR’, em que foram observadas as áreas de uso residencial, as tipologias habitacionais existentes, além de, posteriormente, as orientações das fachadas vinculadas à trajetória do sol (Carta Solar) e a direção predominante dos ventos. Com os diferentes posicionamentos de implantação existentes, foi possível estabelecer diretrizes de implantação relacionadas à incidência solar ao longo do ano e ventilação cruzada. Por fim, com as tipologias pré-existentes identificadas, foram propostas paredes duplas partindo da inércia térmica, por meio das estratégias bioclimáticas referentes ao atraso térmico e à redução da transmitância térmica. Conclui-se, portanto, a importância de considerar os aspectos climáticos e os conhecimentos proporcionados pela arquitetura bioclimática na concepção do projeto ou no momento de reforma da edificação, proporcionando assim uma alta eficiência energética e um desempenho ambiental eficaz.