Desenvolvimento de argamassa ecológica de alta performance com a adição de pó de gnaisse

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.5749

Palavras-chave:

Argamassa de alto desempenho, Argamassa ecológica, Durabilidade, Propriedades mecânicas

Resumo

Analisou-se as propriedades mecânicas e de durabilidade de argamassas estruturais de alto desempenho com adição de pó de gnaisse (GN) e sílica ativa em comparação a Referência (cimento e sílica ativa) com 112 dias de idade. Realizou-se a caracterização química, física e mineralógica dos materiais. A argamassa com GN apresentou bons índices físicos (coeficiente de capilaridade de 0,06%; absorção por imersão de 0,62%, porosidade aberta de 1,41%, porosidade teórica de 0,13%), alta resistência (> 114 MPa), alta flexão (10 MPa) com um aumento da resistência à compressão de 33,50% e da tração na flexão de 61%. A resistividade elétrica superficial atingiu bons valores: 1123 kΩ.cm e a resistividade volumétrica de 1.973 Ω.m. Também ocorreu uma redução de 6,47% nas emissões de CO2 para a produção das argamassas GN em relação à argamassa REF. Conclui-se que a incorporação de pó de gnaisse em argamassas proporciona melhorias nas propriedades físicas, mecânicas e de durabilidade, além de ser ecologicamente mais sustentável.

Biografia do Autor

Abner A. Fajardo, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Construção Civil - Universidade Federal de Minas Geriais

Silvia R. Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Construção Civil - Universidade Federal de Minas Geriais

Fernando do Couto Rosa Almeida, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção da Universidade Federal de Minas Gerais.

Maria Teresa P Aguilar, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção da Universidade Federal de Minas Gerais.

Dayana Cristina Silva Garcia, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção da Universidade Federal de Minas Gerais.

Maria Teresa Barbosa, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora do Departamento Construção Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora.

White José dos Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção e da Pós-graduação em Construção Civil da UFMG.

Referências

CARVALHO, A. R. de; SILVA JÚNIOR, G. da.; FONTES, W. C.; SILVA, G. J. B.; PEDROTI, L. G.; OLIVEIRA, T. M. de. Influência do efeito fíler do pó de mármore na produção de concretos para pavimentos intertravados. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 23, n. 4, p. 217-239, out./dez. 2023.

GIANNETTI, B. F. et al. Towards more sustainable social housing projects: recognizing the importance of using local resources. Building and Environment, v. 127, p. 187-203, 2018.

SILVA, A. G.; BRANDAO, N. N. C. M. Diagnóstico da produção e descarte de resíduos de pedras ornamentais em uma marmoraria na cidade de padre Paraíso – MG. Monografia (Especialização), Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, Teófilo Otoni, 52 p., 2015.

ANDRIOLO, F. R. Usos e abusos do pó de pedra em diversos tipos de concreto. In: Seminário: O uso da fração fina da britagem. II SUFFIB, São Paulo, 2005. Anais, São Paulo, EPUSP, 2005.

SCHUMACHER, H. R. S. P. Caracterização do concreto convencional com pó de pedra em substituição parcial a areia natural. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, Centro de Ciências Tecnológicas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2007

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO. (ANEPAC). Mercado. 2024. Disponível em: https://anepac.org.br/mercado/. Acesso em: 11/05/2024.

MARTINS, M. P. Caracterização do pó de pedra de gnaisse para produção de concreto. p. 1241-1244. In: 70º Congresso Anual da ABM, Rio de Janeiro, 2015.

SCHANKOSKI, R. A. et al. Avaliação da reologia de concretos autoadensáveis contendo fílers de britagem. Revista Materia, v. 22, n. 2, 2017.

SCHANKOSKI, R. A. et al. Fresh and hardened properties of self-compacting concretes produced with diabase and gneiss quarry by-product powders as alternative fillers. Construction and Building Materials, v. 224, p. 659–670, 2019.

CHEN, Z. et al. Utilization of gneiss coarse aggregate and steel slag fine aggregate in asphalt mixture. Construction and Building Materials, v. 93, p. 911–918, 2015.

YANNICK, T. L. et al. Properties of waste gneiss powder used to design eco-friendly cement mortar. JMST Advances, v. 6, p. 1–21, 2024.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS: ABNT NBR 13276: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ― Determinação do índice de consistência, Rio de Janeiro, 2016.

COMITÉ EUROPEU DE NORMALIZAÇÃO. NP EN 12390-3: Ensaio de Concreto Endurecido – Resistência à compressão dos corpos de prova de ensaio, Portugal, 2009.

____ ABNT NBR 12142: Concreto – Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de provas prismáticos, Rio de Janeiro, 2010.

____ ABNT NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica, Rio de Janeiro, 2005.

____ ABNT NBR 9204: Concreto endurecido — Determinação da resistividade elétrico-volumétrica — Método de ensaio, Rio de Janeiro, 2012.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM G57: Standard Method for Field Measurement of Soil Resistivity Using the Wenner Four-Electrode Method. West Conshohocken, 2006. 5p.

SANJUÁN, M. Á. et al. Carbon dioxide uptake by cement-based materials: A spanish case study. Applied Sciences (Switzerland), v. 10, n. 1, 2020.

MADDALENA, R.; ROBERTS, J. J.; HAMILTON, A. Can Portland cement be replaced by low-carbon alternative materials? A study on the thermal properties and carbon emissions of innovative cements. Journal of Cleaner Production, v. 186, p. 933–942, 2018.

HABERT, G. et al. Lowering the global warming impact of bridge rehabilitations by using Ultra High Performance Fibre Reinforced Concretes. Cement and Concrete Composites, v. 38, p. 1–11, 2013.

Flower, D.J.M.; Sanjayan, J.G. Greenhouse gas emissions due to concrete manufacture. In: Flower, D.J.M.; Sanjayan, J.G. Handbook of low carbon concrete. Oxford, UK: Butterworth-Heinemann, 2017. Capítulo 12, p. 1-16.

SANTORO, J. F.; KRIPKA, M. Determinação das emissões de dióxido de carbono das matérias primas do concreto produzido na região norte do Rio Grande do Sul. Ambiente Construído, v. 16, n. 2, p. 35–49, 2016.

NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto; Trad. CREMONINI, R. A. 5. ed. São Paulo, Bookman, 2016.

COMITÉ EURO-INTERNATIONAL DU BÉTON. CEB Bull 192:: Diagnosis and

assessment of concrete structures — state of the art reportLausanne, 1989.MARVILA, M. T. et al. Estudo da capilaridade para argamassas de múltiplo uso. Anais. Assosiação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração. v. 72, p. 2572–2578, São Paulo, 2017.

LAYSSI, H. et al. Electrical resistivity of concrete. Concrete International, v. 37, n. 5, p. 41–46, 2015.

HORNBOSTEL, K.; LARSEN, C. K.; GEIKER, M. R. Relationship between concrete resistivity and corrosion rate - A literature review. Cement and Concrete Composites, v. 39, p. 60–72, 2013.

HABERT, G. et al. Lowering the global warming impact of bridge rehabilitations by using Ultra High Performance Fibre Reinforced Concretes. Cement and Concrete Composites, v. 38, p. 1–11, 2013.

AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFICIALS. AASHTO: TP 95. Standard Method of Test for Surface Resistivity Indication of Concrete’s Ability to Resist Chloride Ion Penetration. 2014.

BALESTRA, C. E. T., et al. Evaluation of chloride ion penetration through concrete surface electrical resistivity of field naturally degraded structures present in marine environment. Construction and Building Materials, 230, 116979. 2020.

MEDEIROS, R. A.; LIMA, M. G. Electrical resistivity of unsaturated concrete using different types of cement. Construction and Building Materials, v. 107, p. 11–16, 2016.

Downloads

Publicado

2024-10-07

Como Citar

FAJARDO, Abner A.; SOUZA, Silvia R.; ALMEIDA, Fernando do Couto Rosa; AGUILAR, Maria Teresa P; GARCIA, Dayana Cristina Silva; BARBOSA, Maria Teresa; SANTOS, White José dos. Desenvolvimento de argamassa ecológica de alta performance com a adição de pó de gnaisse. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 20., 2024. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2024. DOI: 10.46421/entac.v20i1.5749. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/entac/article/view/5749. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.