ESTUDO DO EFEITO DO EMPREGO DE FIBRAS DE CELULOSE PARA A DEFORMABILIDADE DE ARGAMASSAS
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v18i.700Palavras-chave:
Argamassa, Compósito, Fibra de celulose, Deformabilidade, TenacidadeResumo
O emprego de fibras vegetais, e especificamente de fibras de celulose, em compósitos à base de cimento tem sido uma interessante alternativa sustentável para pesquisadores. Nas argamassas, essa interação matriz-fibra permite ainda potencializar certas propriedades inerentes ao material. Este artigo avalia o efeito da incorporação de fibras de celulose em argamassas, focando no comportamento mecânico e na deformabilidade das argamassas. Para os compósitos adotou-se dosagens experimentais de argamassa mista cimento e cal na proporção de 1:1:6 em peso, com adição de fibras a 5% e 10% da massa total do traço, e
uma relação água/aglomerantes fixa de 0,60. No estado fresco realizou-se ensaios para medir a consistência e a densidade de massa, e no estado endurecido, ensaios de resistência à compressão e à tração na flexão. Os resultados mostraram que o acréscimo da fibra resultou em redução das resistências à tração (21%) e à compressão (até 50%); porém, de forma antagônica, a adição de fibra proporcionou maior valor de tenacidade e de deformabilidade dos compósitos, comprovado na curva tensão versus deformação. Assim, mesmo suportando menor carga, o uso das fibras de celulose possibilita uma maior capacidade de suporte às deformações requeridas pelas argamassas, especialmente no estágio pós fissura, absorvendo maior energia antes de sua ruptura.
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