ESPAÇOS VERDES E PANDEMIA:
CONSIDERAÇÕES À LUZ DA PSICOLOGIA AMBIENTAL
Palavras-chave:
Ambientes restauradores 1, áreas verdes 2, pandemia 3, biofilia 4, estresse ambiental 5Resumo
O isolamento social foi imposto como medida preventiva ante a pandemia declarada em março de 2020 pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), bem como outras medidas de prevenção. Tais iniciativas desencadearam transformações sócio-espaciais que carecem de reflexões para que possamos, assim, vislumbrar os desdobramentos do momento histórico em curso. Neste cenário, conceitos da psicologia ambiental, fornecem subsídios para melhor compreender o momento atual. Este breve artigo tem como objetivo geral de, a partir de teorias já fundamentadas, discorrer sobre os elementos e áreas verdes no atual contexto de pandemia à luz dos conceitos de estresse ambiental, biofilia e ambientes restauradores. O método de pesquisa consiste na revisão bibliográfica dos conceitos apresentados e pesquisa documental em jornais e sites com vistas a fundamentar o fenômeno observado. Como resultado, foi identificado que o ambiente domiciliar voltou a acumular funções outrora ali exercidas, a exemplo da atividade laboral, contudo, a casa contemporânea não está pronta para receber tal carga devido à segregação histórica dos espaços das atividades, tornando-a um lugar divergente, potencialmente estressor, adoecido e adoecedor. Apesar de tal cenário, a incorporação ambiental de elementos naturais como o verdor, cheiros, sons, texturas que remetem à memórias biológicas e ancestrais, podem auxiliar na restauração dos psicofisiologicamente debilitados tanto em função de patologias diversas, quanto em função da má relação entre si e as características do ambiente que os envolvem e o tempo dispendido neste. Sendo assim, é possível perceber o potencial benéfico da natureza para a vida humana.