A percepção espacial das pessoas com deficiência visual na habitação
Palavras-chave:
Habitação, Deficiência visual, Percepção espacial, AcessibilidadeResumo
Os espaços, em sua maioria, não são projetados de acordo com as necessidades das pessoas com deficiência visual, principalmente quando são customizados em massa e sem a participação do usuário na definição de sua moradia, dificultando a locomoção e a vivência nesses ambientes. Considerando que falta estudos que abordem recomendações de parâmetros projetuais que contemplem as demandas das pessoas com deficiência visual, o presente artigo tem como objetivo descobrir como essas pessoas percebem o ambiente projetado das habitações, apontando os problemas e as possíveis soluções. Para esse propósito, seguindo a metodologia de Revisão Sistemática da Literatura (RSL), foram selecionados artigos em distintas bases de dados que abordam alguns pontos do tema trabalhado e sintetizou-se em um único artigo as informações coletadas. Identificando as necessidades das pessoas com deficiência visual, fica evidente a demanda de espaços de moradia preparados para o estímulo dos sentidos, que sejam pensados e articulados para as individualidades das pessoas com deficiência visual, trazendo dimensões inclusivas ao espaço físico.
Referências
Associação Brasileira De Normas Técnicas. (2020). NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro.
Bortolan, G. M. Z.; Ferreira, M. G. G.; Nickel, E. M. (2017). Diretrizes projetuais de iluminação para atender pessoas com baixa visão. DAPesquisa, v.12, n.19, p.26-43. Disponível em: doi.org/10.5965/1808312912192017026
Brasil. Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2004.
Brasil. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2000.
Cidral, Bárbara L.; Cinelli, Milton J. (2019). "(Des)conforto visual: Uma análise do Ofuscamento", p. 5346-5357. In: Anais do 13º Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design (2018). São Paulo: Blucher. Disponível em: doi.org/10.5151/ped2018-7.2_ACO_10
Conselho Nacional Do Ministério Público – CNMP. Acessibilidade. Disponível em: < https://www.cnmp.mp.br/portal/acessibilidade> Acesso em: 26 de jun. de 2023.
Destro, Carla Roberta Ferreira; Filho, Vladimir Brega. (2018). O direito humano fundamental à moradia e a pessoa com deficiência. Rev. de Direitos Sociais, Seguridade e Previdência Social, Porto Alegre, RS, v.4, n.2, p. 17-36. Disponível em: doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9865/2018.v4i2.4686
Ferenhof, Helio Aisenberg; Fernandes, Roberto Fabiano. (2016). Desmistificando a revisão de literatura como base para redação cientifica: métodos sf. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, SC, v. 21, n. 3, p. 550-563.
Fundação Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística – IBGE. (2022). Pessoas com deficiência e a desigualdades social no Brasil. Rio de Janeiro.
Galvão, Maria Cristiane Barbosa; Ricarte, Ivan Luiz Marques. (2020). Revisão sistemática da literatura: conceituação, produção e publicação. LOGEION: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, v.6, n.1, p. 57-73. Disponível em: doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73
Lombardia, Anna Paula; Sahr, Cicilian Löwen. (2014). A inclusão excludente de pessoas com deficiência: do discurso de cidadania à prática das políticas habitacionais. Para Onde!?, Porto Alegre, RS, v.8, n.2, p. 74-84. Disponível em: doi.org/10.22456/1982-0003.61570
Neves, Juliana Duarte. (2017). Arquitetura sensorial: a arte de projetar para todos os sentidos. 1. ed. Rio de Janeiro: Mauad X.
Oliveira, Otavio de Faria. et al. (2022). A qualitative study on the needs of visually impaired users in Brazil for smart home interactive technologies. Behaviour & Information Technology, v.41, p.1-29. Disponível em: doi.org/10.1080/0144929X.2022.2084455
Pallasmaa, Juhani. (2011). Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos. Porto Alegre: Bookman.
Pieczkowski, T. M. Z.; Gavenda, M. L. Narrativas de Mulheres com Deficiência Visual. (2021). Rev. Bras. Educ. Espec., Bauru, SP, v.27, e0171, p. 139-156. Disponível em: doi.org/10.1590/1980-54702021v27e0171
Poppe, Flavia. Moradias para pessoas com deficiência no Brasil. (2021). RAHIS, Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde. Belo Horizonte, MG, v.18, n. Edição Especial, p. 86-102. Disponível em: doi.org/10.21450/rahis.v18i3.6832
Rahman, Syakir Amir Ab. et al. (2018). Design elements of houses among disabled community: the satisfaction and the preferences. Planning Malaysia Journal, v.16, n.2, p. 83-88. Disponpivel em: doi.org/10.21837/pm.v16i6.463
Rooney, Clíona. et al. (2016). Meeting the needs of visually impaired people living in Lifetime Homes. Journal of Housing For the Elderly, v.30, n.2, p. 123-140. Disponível em: doi.org/10.1080/02763893.2016.1162251
Schmid, Aloísio Leoni. (2005). A ideia de conforto: reflexões sobre o ambiente construído – Curitiba: Pacto Ambiental.
Tural, Elif; Tural, Mehmedalp. (2014). Luminance contrast analyses for low vision in a sênior living faciluty: a proposal for na HDR image-based analysis tool. Building and Environment, v. 81, p-20-28.
