Eficiência energética na arquitetura: estudo comparativo entre RTQ-R e INI-R

Autores

Palavras-chave:

Eficiência Energética, RTQ-R, INI-R, Habitação de Interesse Social, Envoltória

Resumo

Caso a composição da envoltória de uma construção não contribua para o conforto térmico do usuário, ele buscará meios ativos de compensar o desconforto, contribuindo para o alto consumo de energia do país. Um dos meios de calcular o consumo de energia de uma edificação, é através do Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R), que sofreu atualizações desde sua publicação em 2010, até a mais recente, a Instrução Normativa Inmetro para Eficiência Energética das Edificações Residenciais (INI-R), publicada em 2022, atrelada também à atualização da NBR 15575 em 2021. Este estudo buscou comparar os métodos de cálculo prescritivo do RTQ-R e o simplificado da INI-R para compreender as semelhanças e diferenças entre os diferentes métodos e seus resultados. Foram aplicados ambos os métodos (Prescritivo para o RTQ-R e Simplificado para a INI-R) em uma edificação residencial unifamiliar do Programa Morar Bem Paraná de Habitação de Interesse Social projetada para todo o estado do Paraná. O estudo identificou diferenças nos resultados finais das classificações da envoltória do projeto pelos dois métodos. Onde no RTQ-R a envoltória da edificação teve classificação “C”, na INI-R a envoltória da edificação teve classificação “A”. Foi possível perceber que o RTQ-R, por apresentar pré-requisitos para a consideração de diversas variáveis como abertura para ventilação natural, transmitância, absortância e capacidade térmica, impossibilitou que a edificação obtivesse melhores classificações. O método simplificado da simulação da INI-R considera as variáveis de forma integral, além de apresentar resultados com leitura mais facilitada em kWh/ano para aquecimento ou refrigeração. Identificou-se também que o método da INI-R possivelmente considera o sombreamento inteiro da fachada e não apenas algumas partes da fachada, como é o caso do projeto analisado.

Biografia do Autor

Cinthya Neves Rosa, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Cursando Mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro - RJ, Brasil).

Patrizia Di Trapano, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorado em Arquitetura pelo Programa de Pós Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Associada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro - RJ, Brasil).

Alice de Barros Horizonte Brasileiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorado em Arquitetura pelo Programa de Pós Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Associado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro - RJ, Brasil).

Thiago Melo Grabois, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorado em Engenharia na COPPE UFRJ. Professor Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro - RJ, Brasil).

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Publicado

10/01/2024

Como Citar

Rosa, C. N., Trapano, P. D., Brasileiro, A. de B. H., & Grabois, T. M. (2024). Eficiência energética na arquitetura: estudo comparativo entre RTQ-R e INI-R. ENCONTRO LATINO AMERICANO E EUROPEU SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS, 5. Recuperado de https://eventos.antac.org.br/index.php/euroelecs/article/view/3568

Edição

Seção

Indicadores, benchmarks e métricas para sustentabilidade e circularidade.

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