INTERAÇÃO COM A REGIÃO DO MARAJÓ:
PROJETOS DE ESCOLAS EM UMA PERSPECTIVA REGENERATIVA
Keywords:
Marajó, políticas públicas, escolas ribeirinhas, saberes locais, regeneração da paisagemAbstract
O artigo trata das interações de um grupo de projeto formado no âmbito da Plataforma Arquitetura e Biosfera, que opera sob a Associação Escola da Cidade, com a região do Arquipélago de Marajó, no Pará, como apoio para políticas públicas e programas com valorização de saberes locais. Em função da demanda do município de Chaves, no norte daquela região, empreendeu-se contato com forças e fragilidades da cultura local marajoara, na busca por oportunidades de disseminar ações regenerativas a partir de reformas dos edifícios escolares. Através de projetos para atualização ecológica dos edifícios existentes e investigação a partir da cartografia sobre ações combinadas em escala abrangente no território marajoara. A intenção é a de contribuir para processo de cuidado e regeneração quanto a ecossistemas locais, impactados em vários graus, em interação com ação antrópica que poderá ser recomposta no sentido de uma valorização da diversidade biocultural neles presentes. Os procedimentos utilizados no processo têm sido interação com agentes locais, visitas a campo, vivências, investigações propositivas, produção cartográfica, apoio na construção de propostas de programas locais e reflexão a partir de autores de referência. Alguns resultados já foram conquistados, como execução de cartografia de apoio, projetos de atualização de edifícios escolares, recomposição e ampliação da escola sede no pólo Alto Cururu (pólos são as divisões do município quanto a questões administrativas e de gestão), e preparação de material de apoio para política pública. Percebeu-se, ao longo do processo de interações, uma região de grande riqueza biocultural, com fragilidades face à crise socioambiental no país e no planeta; mas onde se pode entrever novos rumos para as ações antrópicas, sobretudo a partir da oportunidade estratégica da recomposição dos edifícios escolares e do sentido de uma ação pedagógica com perspectiva regenerativa e visão sistêmica na gestão da paisagem.