PROJETO PROINFÂNCIA:
USO DE ESTRATÉGIAS COM VEGETAÇÃO PARA ADEQUAÇÕES DA TEMPERATURA AMBIENTE NA ZONA BIOCLIMÁTICA 2
Palabras clave:
Proinfância, Estratégias Bioclimáticas, Vegetação.Resumen
Desde 2007, o Governo Federal, através do Programa Proinfância, promove a construção e melhorias na infraestrutura física de creches e escolas no Brasil, visando garantir o acesso de crianças à educação. Contudo, os projetos arquitetônicos seguem padrões a serem executados em todo o território nacional, sem considerar particularidades locais, especialmente no que tange à adaptação ao clima. Sabe-se que, com o uso de estratégias bioclimáticas, é possível obter melhoras no microclima local, nas condições de desempenho térmico das edificações e da temperatura ambiente. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar uma escola com o projeto arquitetônico padrão Tipo B, no município de Santa Maria/RS (Zona Bioclimática 2), e propor soluções para melhor adaptação ao clima, com o uso das vegetações Wisteria floribunda e zoysia japonica. A metodologia consiste em revisão bibliográfica e estudo de caso, com a avaliação das estratégias bioclimáticas recomendadas, do memorial descritivo do Projeto Proinfância Tipo B, da localização, implantação, zoneamento e aspectos de controle de temperatura incorporados, ou não, ao projeto arquitetônico e paisagístico. E a partir dos resultados obtidos avaliar melhorias e adequações da edificação em seu contexto climático aspirando melhorias na temperatura ambiente com ênfase na utilização de estratégias passivas com o uso de vegetação, bem como, a insolação e a ventilação natural. As recomendações na Zona Bioclimática 2 são: inércia térmica para aquecimento/resfriamento, ventilação natural, aquecimento solar passivo, sombreamento e resfriamento evaporativo. Para a aplicabilidade destas estratégias na edificação, propõem-se o uso de cobertura verde, cortinas verdes caducifólias ao Leste-Oeste, paisagismo com forração de grama, árvores frondosas e caducifólias e, ambientação dos solários com vegetação de pequeno porte. Dessa forma, foi possível inferir que, embora os projetos disponibilizados pelo governo sejam padronizados para todo o Brasil, é necessário que os mesmos sejam flexibilizados possibilitando, assim, fazer adaptações de baixo custo, de acordo com a zona bioclimática de inserção do mesmo.