Coliving
Um modelo de habitação em processo de apropriação no Brasil
Palabras clave:
Coliving, Moradia compartilhada, Habitação coletivaResumen
No século XXI, o déficit habitacional se acentua nas cidades globais devido ao crescimento demográfico e à escassez de espaços urbanos centrais. Como alternativa para a falta de recursos e ao espraiamento urbano, otimiza-se o uso de ativos por meio de plataformas online da economia compartilhada e das práticas sustentáveis, como o manejo de resíduos urbanos. O coliving, surgido na era digital, atende às novas demandas flexíveis de moradia, como o trabalho remoto, e às mudanças nos grupos sociais, especialmente as necessidades dos jovens adultos. Inicialmente concebido como espaços compartilhados para profissionais com interesses comuns, o conceito evoluiu para atender a uma variedade de públicos, incluindo nômades digitais e idosos. A partir de 2015, o tema do coliving ganhou popularidade nos EUA e no Reino Unido, com pesquisas sobre os benefícios da vida em comunidade. No Brasil, a modalidade ainda é incipiente, com falta de regulamentação e estudos locais sobre o coliving, ainda que possa vir a se constituir como uma opção mais acessível de moradia em áreas urbanas valorizadas. Este estudo adota uma abordagem qualitativa, analisando literatura nacional e internacional, e sites de imobiliárias para entender a dinâmica do coliving no Brasil. Comparando com casos estrangeiros, constatam-se semelhanças e menor diversidade do público-alvo, dimensões e tipologias. A pesquisa destaca a necessidade de mais estudos nacionais para compreender e regulamentar o modelo à realidade local, ressaltando seu potencial para oferecer habitações compartilhadas bem localizadas, flexíveis e acessíveis economicamente.
Citas
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