ALGORITMO PARTICIPATIVO E FABRICAÇÃO DIGITAL:
FERRAMENTA DIGITAL PARA ADEQUAÇÃO ARQUITETÔNICA
Palavras-chave:
Arquitetura algorítmica, processos participativos, fabricação digitalResumo
Se o movimento moderno defendeu uma produção impositiva, onde o arquiteto poderia definir de maneira autocrática o desenho das cidades e seus edifícios, a partir de meados do século XX essas práticas passam a ser duramente criticadas. Alternativas participativas de gestão das cidades passam a ser valorizadas de forma crescente, como respostas a um mundo cada vez mais complexo, plural e diversificado. A inadequação arquitetônica dos grandes conjuntos residenciais modernistas frente às necessidades de seus habitantes aparece com frequência em debates profissionais, acadêmicos e nas comunidades em questão. Assim, o processo ganha relevância e passa a ser debatido, independentemente do produto. Se, por um lado, há que se considerar um número maior de variáveis, a maneira como se busca atingir o resultado ganha tanta importância quanto o resultado em si, que passa a ser imprevisível. Na mesma época, autores como William Mitchel, Nicholas Negroponte, Yona Friedman e Christopher Alexander, defendem a união de processos participativos e ferramentas computacionais. Essa União, que vem sendo debatida até hoje com autores como José Pinto Duarte e Branko Kolarevic, traz consigo o conceito de customização em massa para a arquitetura e o urbanismo. Desta forma, o presente trabalho pretende refletir sobre processos participativos potencializados por meio de ferramentas digitais, a partir de um experimento: um algoritmo associado a um sistema construtivo, que permite a personalização de uma arquitetura. O experimento se apropriará de outra pesquisa paralela que desde de 2015 vem procurando adaptar diferentes experiências internacionais de soluções construtivas baseadas em um método subtrativo de fabricação digital. Espera-se, assim, contribuir com as discussões tanto sobre a participação dos usuários como sobre a apropriação de novas tecnologias.