Desafios na gestão de água subterrânea em áreas contaminadas com restrição de uso na bacia hidrográfica do Alto Tietê (SP)
DOI:
https://doi.org/10.46421/singeurb.v3i00.1109Palavras-chave:
Água subterrânea, áreas contaminadas, gestãoResumo
A demanda de uso da água subterrânea vem crescendo ao longo dos anos nas áreas urbanas. No entanto, devido a contaminações a água subterrânea fisicamente explorável está se tornando qualitativamente indisponível, consequências de atividades antrópicas mal planejadas e inadequadamente executadas. Esse cenário tem trazido discussões da problemática de áreas contaminadas com restrições de uso da água subterrânea, uma vez que essa classificação tem sido comum e corriqueira, tornando o uso da água subterrânea inviável na maioria das vezes. Diante disso, fica explicita a necessidade de soluções mais efetivas na gestão e controle da qualidade e quantidade de águas subterrâneas. Verificou-se e discutiu-se a existência de instrumentos efetivos de gestão de água subterrânea em áreas classificadas como contaminadas contendo medida de controle institucional de restrição de uso da água. Concluiu-se que há a necessidade de aperfeiçoamento na gestão participativa de responsáveis e usuários de áreas contaminadas reabilitadas com restrições de uso de água subterrânea e, como alternativa à remediação que pode ter custo elevado, o uso de procedimentos para monitoramento da estabilização/degradação da contaminação que restringe o uso da água subterrânea pode contribuir para a sustentabilidade e minimização de impacto, como exemplo, criação de procedimentos para monitoramento de atenuação natural.
Referências
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