O USO DO PROCESSO BIM NA INTERFACE DIGITAL PROJETO-PRODUÇÃO DE AÇO CORTADO E DOBRADO
DOI:
https://doi.org/10.17648/tecsic-2017-72124Palavras-chave:
BIM, aço cortado e dobrado, pré-fabricação, automação industrial, fabricação digitalResumo
O emprego de aço pré-cortado e pré-dobrado representa uma evolução em comparação ao método tradicional de produção de armaduras, em que o aço é processado no canteiro de obras. Sua industrialização proporciona benefícios como a redução de perdas e o ganho de espaço em canteiro. Entretanto, a eficiência desse processo demanda sinergia entre os agentes atuantes na cadeia produtiva. Problemas relacionados à qualidade do Projeto de Detalhamento de Armadura (PDA) e imprecisão nos pedidos podem comprometer a confiabilidade do processo. Ademais, as informações contidas no PDA, usualmente fornecidas por meio de documentos impressos, precisam ser transcritas manualmente pelo fabricante antes do início da produção. Acredita-se que o emprego do processo BIM na elaboração dos projetos contribua para mitigar os problemas relacionados à qualidade do PDA. Além disso, encontram-se disponíveis no mercado soluções que viabilizam a transferência digital dos dados contidos no PDA e possibilitam o reúso dessas informações durante a etapa de fabricação, reduzindo a necessidade de intervenção manual para transcrição dos dados de produção. Este trabalho tem como objetivo analisar a interface digital entre o projeto e produção industrial de aço cortado e dobrado e o uso do processo BIM no desenvolvimento do PDA. Mediante consulta a empresas prestadoras de serviço de corte e dobra e representantes de software BIM, foram identificados os principais padrões utilizados no intercâmbio de dados e ferramentas de autoria BIM que suportam sua exportação. Com base nos resultados preliminares obtidos dessa pesquisa, identificou-se que, apesar dos equipamentos, sistemas de gestão utilizados pelas centrais de corte e dobra e ferramentas BIM possuírem suporte à interface digital, esta prática ainda não é adotada pelo mercado nacional. Em função da configuração da cadeia produtiva adotada pelo mercado brasileiro, a interface projeto-produção é realizada por intermédio do construtor, o que requer sinergia entre todos os agentes de modo a viabilizar a interface digital com base nos padrões vigentes.