Qualidade microclimática de diferentes arranjos vegetais no Setor Noroeste de Brasília (DF)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.3770

Palavras-chave:

Aquecimento Urbano, Vegetação, Temperatura de Superfície, Simulação Microclimática, Cobertura do Solo, Vegetação Urbana

Resumo

Os problemas decorrentes dos processos de urbanização e o uso e ocupação do solo alteram os microclimas das cidades e interferem diretamente no conforto térmico do ser humano. Neste contexto, o uso de diferentes arranjos vegetais apresenta um grande potencial na atenuação das temperaturas de superfície. Este artigo avalia a qualidade microclimática da SQNW 111 do Setor Noroeste, Distrito Federal, pelo viés da vegetação, seus possíveis arranjos e sua atenuação na temperatura de superfície. Os procedimentos metodológicos ocorrem por meio de análises das variáveis climáticas, análise de série histórica do clima de Brasília, e por simulações computacionais microclimáticas com o uso do programa ENVI-met versão 5.0.3. A análise do recorte utilizado no estudo confirmou a existência de microclimas diferenciados na quadra analisada, e constatou a redução das temperaturas superficiais dos materiais construtivos onde há presença de arranjos vegetais compostos por grama e árvores de copas densas. Destaca-se a importância do sombreamento proporcionado pela vegetação por meio da sua inserção no desenho urbano ao apresentar o melhor desempenho na atenuação das temperaturas de superfície onde os arranjos vegetais são compostos por vegetação de porto rasteiro + arbóreo denso. Esse resultado corrobora para o entendimento de que os diferentes arranjos vegetais possuem um grande potencial na atenuação das temperaturas de superfície.

Biografia do Autor

João Vitor Lopes Lima Farias, Universidade de Brasília

Graduando em arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília (Brasília - DF, Brasil)

Daniela Rocha Werneck , Universidade de Brasília

Doutora em Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Brasília. Pesquisadora de pós-doutoramento na Universidade de São Paulo (São Paulo – SP, Brasil).

Caio Frederico e Silva, Universidade de Brasília

Doutor em Arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília. Vinculado ao Programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (Brasília - DF, Brasil)

Marta Adriana Bustos Romero, Universidade de Brasília

Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Politecnica de Catalunya. Vinculada ao Programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (Brasília - DF, Brasil)

Referências

ABREU, Loyde Vieira de; LABAKI, Lucila Chebel. Conforto térmico propiciado por algumas espécies arbóreas: avaliação do raio de influência através de diferentes índices de conforto. Revista Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 4, p.103117, out./dez. 2010.

AKBARI H.; KURN, D. M. KURN, BRETZ, S. E.; HANFOLD W. J. Peak power and cooling energy savings of shade trees. Energy and Buildings, Londres, 25. p. 139-148, 1977.

ABREU, L.V. Avaliação da escala de influência da vegetação no microclima por diferentes espécies arbóreas.

Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas, 2008.

ABREU, Loyde Vieira de Contribuições das árvores para o bioclima térmico no desenho urbano em cidades tropicais: o caso de Campinas, SP / Loyde Vieira de Abreu. --Campinas, SP: [s.n.], 2012.

AKBARI, H. Shade trees reduce building energy use and CO2 emission from power plants. Heat Island Group, 2001.

AKBARI, H.; TAHA, H.; The impact of trees and white surfaces on residential heating and cooling energy use in four Canadian cities. Energy, the International Journal, Oxford, v. 17, n. 2, p. 141-149, 1992.

BUENO-BARTHOLOMEI, C. L.; Influência da vegetação no conforto térmico urbano e no ambiente construído. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Campinas. Campinas, SP, 2003.

CASTELO BRANCO, Lorena Mileib Burgos. Microclimas urbanos no Plano Piloto de Brasília: o caso da superquadra 108 sul. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de Brasília. Brasília, 2009.

CORREA, Wesley de Souza Campos; DO VALE, Cláudia Câmara. Contribuição À Compreensão Do Campo Térmico Da Regional Praia Do Canto Em Vitória (Es) Pela Metodologia De Transectos. Raega-O Espaço Geográfico em Análise, v. 38, p. 50-81, 2016.

GIVONI, B. Confort, climate analyses and building desing guidelines. Energy and building. Lausane, v. 18, n. 1, p.18-23, 1992.

LÓIS, Érica; SANTOS, R. F.; LABAKI, L. C. Efeitos de diferentes estruturas de vegetação ciliar sobre as variáveis de microclima e a sensação de conforto térmico.

ROMERO, Marta Adriana Bustos et al. Mudanças climáticas e ilhas de calor urbanas. 2019.

ROMERO, Marta Adriana Bustos. A arquitetura bioclimática do espaço público. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.

ROMERO, Marta Adriana Bustos. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. Brasília: Editora UnB, 2013. SHINZATO, Paula. Impacto da vegetação nos microclimas urbanos em função das interações solo-vegetação-

atmosfera. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

WERNECK, Daniela Rocha. Estratégias de mitigação das ilhas de calor urbanas: estudo de caso em áreas comerciais em Brasília–DF. 2018.

Downloads

Publicado

26/10/2023

Como Citar

FARIAS, J. V. L. L.; WERNECK , D. R.; SILVA, C. F. e; ROMERO, M. A. B. Qualidade microclimática de diferentes arranjos vegetais no Setor Noroeste de Brasília (DF). In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 17., 2023. Anais [...]. [S. l.], 2023. p. 1–8. DOI: 10.46421/encac.v17i1.3770. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/encac/article/view/3770. Acesso em: 5 maio. 2024.

Edição

Seção

2. Clima e Planejamento Urbano

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>