Comportamento higrotérmico de tijolo cerâmico de olaria do sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.4115

Palavras-chave:

permeabilidade ao vapor, absorção de água, isotermas, simulações higrotérmicas, umidade

Resumo

A presença de umidade nos edifícios pode ser responsável pelo aparecimento de manifestações patológicas. Através de simulações computacionais, pode-se prever como o material se comportará quando exposto a condições diversas e, para isso, as características higrotérmicas dos elementos de construção são de suma importância. No Brasil, existe uma lacuna nos estudos sobre as propriedades higrotérmicas dos materiais, comprometendo as simulações. Esse artigo apresenta a caracterização das propriedades higrotérmicas do tijolo cerâmico de uma olaria do Sul do Brasil, desenvolvidos junto ao laboratório LAMTAC - NORIE da UFRGS. Foram realizados ensaios de resistência à difusão de vapor de água, absorção de água e isotermas. Os resultados desses ensaios foram simulados no WUFI Pro 6.5, a fim de comparar esses dados com os valores disponíveis na base de dados do programa para um tijolo de características similares. Ao analisar o crescimento de fungos filamentosos, notamos uma diferença de 3% em favor dos valores presentes na base de dados, indicando uma maior probabilidade de crescimento. Em relação à condensação superficial, observamos uma diferença máxima de 2,29 °C entre as condições simuladas, constatando uma maior ocorrência ao utilizar os dados dos ensaios, principalmente ao considerar as temperaturas mínimas das superfícies internas das fachadas.

 

Biografia do Autor

Luciane Andreola Beber, Universidade Federal de Pelotas

Mestranda em Arquitetura e Urbanismo no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Luiza Coutinho Bernardes, Universidade Federal de Pelotas

Mestre em Arquitetura e Urbanismo do programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Doutoranda em Engenharia Mecânica no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Jéssica Deise Bersch , Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre em Engenharia Civil pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGCI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutoranda em Engenharia Civil pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGCI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Liliane Bonadiman Buligon, Universidade Federal de Pelotas

Mestre em Engenharia Civil pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutoranda em Engenharia Mecânica no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). 

Angela Borges Masuero, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Eduardo Grala da Cunha, Universidade Federal de Pelotas

Professor Associado da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

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Publicado

26/10/2023

Como Citar

BEBER, L. A.; BERNARDES, L. C.; BERSCH , J. D.; BULIGON, L. B. .; MASUERO, A. B.; CUNHA, E. G. da. Comportamento higrotérmico de tijolo cerâmico de olaria do sul do Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 17., 2023. Anais [...]. [S. l.], 2023. p. 1–10. DOI: 10.46421/encac.v17i1.4115. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/encac/article/view/4115. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

4. Desempenho Térmico do Ambiente Construído

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