Iluminação no trabalho remoto
um estudo de caso em residências
DOI:
https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.4127Palavras-chave:
Conforto visual, Iluminação natural, Trabalho remoto, Clima quente e úmidoResumo
A iluminação no ambiente laboral impacta na visualização adequada da tarefa, facilitando sua realização, assim como, influencia na sensação de bem-estar dos indivíduos. Este estudo avalia as condições de iluminação em residências, com ocupantes que desempenhavam atividade laboral típicas de escritório de forma remota (home office), no clima quente e úmido. O método de pesquisa consiste na medição de iluminância no ambiente de trabalho remoto simultaneamente à aplicação de questionário on-line sobre a percepção da iluminância no local e as ações de adaptação relacionadas ao conforto visual que os ocupantes adotavam. Os resultados demonstram baixos níveis de iluminância no ambiente (mediana de 43,40 lux). No entanto, sob essas condições, 86,23% dos usuários consideraram a iluminação satisfatória e 73,19% preferiam que não houvesse mudanças. Sobre as estratégias de adaptação associadas ao conforto visual, predominaram o acionamento da luz artificial (38,41%), a abertura de cortinas e persianas (36,96%) e o ajuste na posição do monitor para evitar reflexos incômodos (34,78%). Enquanto as duas primeiras estratégias evidenciam a preferência pelo aumento da iluminação do ambiente, através da iluminação artificial, do controle da luz natural ou das duas em conjunto, a ação relacionada ao ajuste do monitor pode ser resultante de um incômodo relacionado a reflexos ou iluminação excessiva incidente sobre a tela de trabalho. Os resultados do estudo sugerem que o monitoramento da iluminância em outros planos (vertical e horizontal, além de diferentes alturas) é necessário para uma melhor compreensão do conforto visual de trabalhadores que utilizam computadores no desempenho das funções laborais - além do padrão usual da aferição da iluminância no plano da mesa de trabalho (h = 0,75m).
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