EFEITO DO AUMENTO DA TAXA DE RENOVAÇÃO DO AR NO DESEMPENHO TÉRMICO DE SALAS DE UM EDIFÍCIO VERTICAL MULTIFAMILIAR NATURALMENTE VENTILADO NA ZB 8
Palavras-chave:
desempenho térmico, taxa de renovação de ar, edifícios multifamiliares verticaisResumo
O item da norma brasileira NBR 15575-1, que trata do desempenho térmico dos edifícios, não distingue os edifícios naturalmente ventilados dos climatizados. O objetivo é testar o efeito do aumento da taxa de renovação do ar no desempenho térmico de um edifício vertical multifamiliar da tipologia de 1 dormitório para a cidade de Maceió/AL, concebido com princípios bioclimáticos recomendados para a zona bioclimática 8. O método consistiu em simulações com o programa EnergyPlus, considerando 1, 5 e 10 renovações de ar por hora, nas salas de seis diferentes apartamentos da tipologia de 1 dormitório. Verificou-se que nas salas orientadas a Sul, o aumento da taxa de renovação do ar não reduziu a temperatura interna, próxima ao horário de pico, mas aproximou as temperatura internas das externas nos períodos da noite e madrugada; nas orientadas a Leste, o incremento da taxa de renovação do ar reduziu significativamente as temperatura internas, após o pico da temperatura externa; nas orientadas a Norte, o aumento da taxa de renovação do ar quase não causou mudanças na temperatura interna de uma delas e na outra causou efeitos semelhantes aos verificados nas demais salas. Conclui-se que as salas orientadas a Leste, ao apresentarem os piores desempenhos, contrariam o recomendado pela norma; o aumento da taxa de renovação de ar nem sempre melhorou o comportamento das temperaturas internas nos horários próximos ao pico da temperatura externa; contudo, contribuem para o incremento da velocidade do ar e resfriamento noturno do edifício. Reforça-se a necessidade de revisão da norma brasileira para edifícios residenciais naturalmente ventilados.
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