AQUECIMENTO URBANO, A FALTA DO VERDE E A FALTA DE ESPAÇO

PROPOSTAS DE DESENHO URBANO PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA NA MICROESCALA NA CIDADE DE SÃO PAULO

Resumo

A intensa predação e exploração dos recursos naturais são as principais causas de um profundo desequilíbrio ambiental que, sobrepostos aos efeitos das mudanças climáticas, acarretam o aumento das temperaturas, alterações nos regimes de chuva, secas e alagamentos. Um desenho urbano inadequado e a perda de vegetação nas cidades agravam ainda mais esses processos e, portanto, o desenvolvimento de planos e instrumentos urbanísticos que regulem o uso e a ocupação do espaço urbano e projetos de mitigação e, principalmente, adaptação à mudança do clima na microescala são essenciais. Este trabalho, ainda em fase inicial, parte da premissa de que o desenvolvimento de instrumentos urbanísticos e estratégias possibilitem a inserção e incremento da vegetação no espaço urbano formal e consolidado da cidade de São Paulo e, consequentemente, promovam a melhoria do microclima na escala local e a construção de espaços urbanos mais adaptados às mudanças climáticas. O objetivo é elaborar padrões de inserção da vegetação em um recorte urbano da cidade de São Paulo, intervindo no espaço público e no privado que comporta acesso público, e quantificar seu efeito amenizador térmico ao nível do pedestre em situações de altas temperaturas. Será realizado um mapeamento urbano para seleção da área de estudo a partir de critérios pré-selecionados e o modelo ENVI-met será utilizado para a execução de simulações computacionais para comparação dos efeitos microclimáticos entre as situações real da área de estudo e a proposta. Espera-se que o trabalho dialogue com o poder público, em especial a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, retroalimente legislações e planos municipais a partir dos resultados encontrados e contribua com os aspectos climáticos e térmicos.