Conforto térmico em salas de aula: a percepção de crianças em ambientes escolares no clima quente e úmido
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.5855Palavras-chave:
Conforto térmico, Salas de aula, Ventilação natural, Ar-condicionadoResumo
No clima quente e úmido, o desconforto térmico está vinculado às temperaturas elevadas, levando ao uso do condicionamento artificial como uma solução para mitigar esse desconforto, inclusive em salas de aula utilizadas por crianças. No entanto, essa estratégia, além de contribuir para o aumento do consumo de energia, não garante necessariamente o conforto das crianças. Este estudo analisou o ambiente térmico e a percepção dos usuários em salas de aula ventiladas naturalmente (VN) e condicionadas artificialmente (CA) em escolas da rede municipal de uma cidade litorânea com clima quente e úmido. A pesquisa de campo integrou o monitoramento de variáveis microclimáticas com a aplicação de questionários, resultando em uma amostra de 619 crianças com idade predominante entre 9 e 10 anos. Os principais resultados mostram que, tanto nas salas de aula VN quanto nas salas CA, com temperaturas médias do ar de 29,24°C e 27,68°C, respectivamente, predominou a sensação de calor e o desejo por um ambiente mais resfriado. Entre as crianças das salas VN, foi identificada uma maior tolerância a temperaturas do ar mais elevadas, enquanto nas salas CA, a adaptação da vestimenta foi uma estratégia adotada para o conforto. Os resultados sugerem que o impacto do uso do ar-condicionado deve ser mais investigado, pois pode trazer consequências negativas à saúde, afetando os mecanismos termorreguladores dos indivíduos.
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