Impacto do crescimento urbano na acessibilidade solar
Um estudo em Florianópolis
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.6243Palavras-chave:
Planejamento Urbano, Radiação Solar, Morfologia Urbana, Energia SolarResumo
A ausência de consideração adequada da acessibilidade à radiação solar nos planos diretores brasileiros reflete uma lacuna significativa no planejamento urbano. Este estudo propõe caracterizar a influência do crescimento urbano nesse aspecto. A metodologia adotada consiste na modelagem de um cenário real, focalizando a densidade média em Florianópolis, nos anos de 2003, 2013 e 2023. A altura das edificações é determinada por levantamento de campo e análise de imagens aéreas. Os resultados revelam uma queda de 8% na disponibilidade de radiação por metro quadrado na cobertura de 2003 para 2013 e 15% de 2023 para 2013. Para as paredes, observa-se uma diminuição de aproximadamente 9% de 2003 para 2013 e 12% de 2013 para 2023. Planejar a morfologia urbana do ambiente construído é uma questão fundamental para mudar para um ambiente urbano adaptado ao clima e que usa o clima como uma ferramenta para produção de energia de forma ativa ou passiva. Essas descobertas destacam a necessidade premente de incorporar a acessibilidade à radiação solar no planejamento urbano, visando promover cidades mais sustentáveis e saudáveis.
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