AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO EM AMBIENTE ESCOLAR: COMPARAÇÕES ENTRE O MODELO ADAPTATIVO E RESPOSTAS DE SENSAÇÃO E PREFERÊNCIA TÉRMICA
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v18i.895Palavras-chave:
Conforto Térmico, Método Adaptativo, Ambiente Escolar, Avaliação TérmicaResumo
Determinar o conforto para o público infanto-juvenil é uma tarefa difícil, uma vez que as atuais normas e diretrizes regulamentam apenas para os usuários adultos. O Modelo Adaptativo (ASHRAE, 2017) é indicado para regiões com climas tropicais e ambientes naturalmente ventilados, mas não prevê critérios de avaliação para crianças e adolescentes. Dessa forma, este artigo tem como objetivo comparar respostas dos alunos em idade escolar com os resultados demonstrados pelo Modelo Adaptativo. Nesse intuito, foram aplicados questionários e colhidos dados de temperatura do ar, temperatura radiante média e velocidade média do ar durante 20 dias em duas escolas estaduais de Campinas/SP, com condição de calor e frio, totalizando 5164 votos de preferência e sensação térmica. Ao analisar os questionários ficou evidente que as escolas possuem deficiências para prover conforto térmico às crianças e adolescentes, e também foi observada uma subnotificação das horas de calor pelo Modelo Adaptativo.
Referências
ALMEIDA, R. M. S. F.; RAMOS, N. M. M.; DE FREITAS, V. P. Thermal comfort models and pupils’ perception in free-running school buildings of a mild climate country. Energy and Buildings, v. 111, p. 64–75, 2016.
ASHRAE, AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATION AND AIR CONDITIONING ENGINEERINGASHRAE Standard 55. Thermal Environmental Conditions for Human Occupancy. p. 1–52, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15220: Desempenho térmico de edificações. Associação Brasileira de Normas Técnicas, p. 7, 2005.
AZEVEDO, G. A. N. Arquitetura Escolar e Educação: Um Modelo Conceitual de Abordagem Interacionista. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002.
BURGOS, E. G.; GRIGOLETTI, G. D. C.; XAVIER, D. Otimização do conforto ambiental no espaço escolar: uma visão sustentável. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul / Unisc, v. 16, n. 1, p. 66–70, 2015.
CORGNATI, S. P.; FILIPPI, M.; VIAZZO, S. Perception of the thermal environment in high school and university classrooms: Subjective preferences and thermal comfort. Building and Environment, v. 42, n. 2, p. 951–959, 2007.
DELIBERADOR, M. S. O processo de projeto da arquitetura escolar no Estado de São Paulo: caracterização e oportunidades. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Campinas, 2010.
FERNANDES, L. O. ; ANDRADE, N. C.; LABAKI, L. C.; BERNARDI, N.; BERTOLI, S. R. Avaliação Do Conforto Térmico De Salas De Aula De Prédio Escolar Da Rede Pública Em Campinas / Sp. XIII ENTAC, 2010.
HWANG, R. L.; LIN, T. P.; KUO, N. J. Field experiments on thermal comfort in campus classrooms in Taiwan.
Energy and Buildings, v. 38, n. 1, p. 53–62, 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cidade de Campinas. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/, acesso em: Agosto, 2019.
KATAFYGIOTOU, M. C.; SERGHIDES, D. K. Thermal comfort of a typical secondary school building in Cyprus. Sustainable Cities and Society, v. 13, p. 303–312, 2014.
KOWALTOWSKI, D.C.C.K; LABAKI, L.C.; PINA, S.A.M.G.; RUSCHEL, R.C.;BORGES, F. e BERTOLLI, S.R. Melhoria do conforto ambiental em edificações escolares de Campinas. Campinas: FEC/UNICAMP, 2001.
KOWALTOWSKI, D; PINA, S; LABAKI, L; RUSCHEL, R; BERTOLLI, S; FILHO, F. O conforto no ambiente escolar: elementos para intervenções de melhoria. IX ENTAC, 2002.
KOWALTOWSKI, Doris C C K; FILHO, Francisco Borges; LABAKI, Lucila C; RUSCHEL, Regina Coeli; BERTOLI, Stelamaris Rolla; PINA, Silvia Mikami. Melhoria Do Conforto Ambiental Em Edificações Escolares Na Região De Campinas. V ENCAC e II ELACAC, 1999KOYAMA, M. Y.; BUENO-BARTHOLOMEI, C. L. Escolas Públicas: Avaliação De Conforto Térmico Em Presidente Prudente – SP. XVI ENTAC, 2012.
LABAKI, L. C.; BUENO-BARTHOLOMEI, C. L. Avaliação Do Conforto Térmico E Luminoso De Prédios. VI ENCAC, III ELACAC, 2001.
MISHRA, A. K.; RAMGOPAL, M. A thermal comfort field study of naturally ventilated classrooms in Kharagpur, India. Building and Environment, v. 92, p. 396–406, 2015.
NAM, Insick; YANG, Jinho; LEE, Dohee; PARK, Eunjung; SOHN, Jong-Ryeul. A study on the thermal comfort and clothing insulation characteristics of preschool children in Korea. Building and Environment, v. 92, p. 724–733, 2015.
PEEL, M. C.; FINLAYSON, B. L.; MCMAHON, T. A. Updated world Koppen-Geiger climate classification map. p. 1633–1644, 2007.
PERILLO, P. J. L.; CAMPOS, M. A. S.; ABREU-HARBICH, L. V. DE. Conforto Térmico Em Salas De Aula: Revisão Sistemática Da Literatura. PARC, v. 8, n. 4, p. 236–248, 2017.
RIBEIRO, S. L. Espaço escolar: um elemento (in)visível no currículo. Sitientibus, v. 31, p. 103–118, 2004.
SANTANA, T. M. A relação da arquitetura escolar com a aprendizagem. IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2010.
TREBILCOCK, M; MUÑOZ, J. S.; YAÑEZ, M.; SAN MARTIN, R. F. The right to comfort: A field study on adaptive thermal comfort in free-running primary schools in Chile. Building and Environment, v. 114, p. 455–469, 2017.