Avaliação Pós-Ocupação (APO) como instrumento aplicado à gestão de riscos do patrimônio cultural do Arquivo Histórico Municipal (AHM)
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.5736Palavras-chave:
Avaliação Pós-Ocupação, Gestão de riscos a acervos, Patrimônio Cultural, Arquivo Histórico MunicipalResumo
A pesquisa tinha por objetivo, mediante o uso do sistema multi-métodos da Avaliação Pós-Ocupação (APO) e da metodologia de avaliação de riscos a acervos, o diagnóstico das principais ameaças em uma instituição cultural com guarda de acervos em papel em edificação histórica patrimoniada. Para isso, fez-se uso combinado da fundamentação teórica com a avaliação do ambiente construído, por meio de levantamentos in-loco e o estudo da edificação, considerando os sistemas construtivos, seu uso e ocupação e as formas de acondicionamento dos bens culturais, com o intuito de analisar as principais ameaças ao Arquivo Histórico Municipal de São Paulo (AHM). Foram utilizados instrumentos da APO como visitas técnicas com registro fotográficos das ocorrência, indicações em plantas das principais vulnerabilidades, tratamento de dados climáticos internos das áreas de guarda, além de entrevistas não estruturadas com os profissionais da instituição. Os resultados desta pesquisa consistiram na identificação dos riscos associados aos ambientes que possam vir a danificar os acervos, contribuindo, desta forma, para uma melhor gestão institucional, e servindo também de referência para construções históricas semelhantes.
Referências
CARVALHO, C. R. Conservação preventiva de edifícios e sítios históricos: pesquisa e prática. Revista CPC, n. 18, p. 141-153, 2014.
CASSARES, N. C. ; MOI, C.. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. Arquivo do Estado, 2000.
LOPES, A. A.. (2011). Conservação Preventiva: Construção de uma “checklist” aplicada às áreas de exposição e reserva. Disponível
em: https://run. unl.pt/handle/10362/5957.
SAFT, J. B.. Qualidade ambiental na gestão de áreas de guarda de acervos em papel em edifícios históricos na cidade de São Paulo.
416 f. Tese (Doutorado em Tecnologia da Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, ]
São Paulo, 2021.
RHEINGANTZ, P. A. et al. Observando a qualidade do lugar: procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Rio de Janeiro:
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Pós-Graduação em Arquitetura, 2009. 117 p.
ORNSTEIN, S. W.. (2017) Avaliação Pós-Ocupação (APO) No Brasil, 30 anos:O que há de novo? Disponível em: https://
periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/16580. Acesso em: 03 ago. 2022.
ONO, R.; ORNSTEIN, S. W. ; FRANÇA, A. J. G. L.. Avaliação pós-ocupação: na arquitetura, no urbanismo e no design: da teoria à
prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2018.
FRANÇA, A. J. G. L.. Ambientes contemporâneos para o ensino-aprendizagem: Avaliação Pós- Ocupacional aplicada a três edifícios
escolares públicos situados na Região Metropolitana de São Paulo. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
FRANCO, A. F. S.; PEREIRA, R. C.. Avaliação pós-ocupação: método e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2014.
SIMÕES, J. R. L.. Patologias-origens e reflexos no desempenho técnicoconstrutivo de edifícios: análise das origens das patologias e
seus reflexos no desempenho técnico construtivo de edifícios universitários da CUASO-USP/SP utilizando-se de edifícios da
ISO-6241 e procedimentos da APU - Avaliação PósUso (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1: Edificações habitacionais - Desempenho Parte 1: Requisitos gerais.
Rio de Janeiro, 2024.
MICHALSKI, S.. Directrices de humedad relativa y temperatura: que esta pasando? Apoyo: Asociación para la Conservación del
Patrimonio Cultural de las Américas, v.6, n.1, julho 1965. Disponível em: http://apoyo.solinet.net/menuv61. htm. Acesso em 27 jul
AICCM. Environmental Guidelines. 2019. Disponível em: Environmental Guidelines - Australian Institute for the Conservation of
Cultural Material. Acesso em: 9 jan. 2022.
AUSTRALIAN/NEW ZELAND STANDARD. AS/NZS 4360:2004 - Risk management. Disponível em: bch.cdb.int/database/attachment/?
id=12285 . Acesso em: 24 mar. 2024.
ONO, R. ; MOREIRA, K. B. R.. Segurança em Museus. Cadernos Museológicos, volume 1. Ministério da Cultura / Instituto Brasileiro
de Museus. Brasília, DF: MinC/Ibram, 2011. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2012/08/Seguranca-
em-Museus.pdf. Acesso em: 15 maio 2023.
GOVERNMENT OF CANADA (CCI). Caring for paper objects. Canadá, 1 jan. 2022. Disponível em: https://www.canada.ca/en/
conservation-institute/services/preventive-conservation/guidelines-collections/paper-objects.html. Acesso em: 20 maio 2022.
MAST. Museu de Astronomia e Ciências Afins. Política de Segurança para Arquivos, Bibliotecas e Museus. Museu Villa-Lobos — Rio
de Janeiro, p. 1 - 122, 2006.
UFSC (SC). Projeteee. Componentes construtivos. Projetando Edificações Energéticamente Eficientes, Santa Catarina, p. 1, 2022.
Disponível em:http://www.mme.gov.br/projeteee/componentes-construtivos/. Acesso em: 07 maio 2022.
GERMAN ENVIRONMENT AGENCY. GUIDELINE: On the prevention, detection and remediation of mould in buildings. Germany,
Acesso em: 10 nov. 2023.
GULD, A.; MACDONALD, B.. Investigação sobre o comportamento das bactérias em ambientes extremos. Revista de Microbiologia
Avançada, v. 34, n. 2, p. 123-134, 2020. Acesso em: 22 mar. 2024.
TEIXEIRA, L. C.; GHIZONI, V. R.. Conservação preventiva de acervos. Florianópolis: Fcc, 2012.
MICHALSKI, S.. Care and Preservation of Collections. In: BOYLAN, P. J. (Ed.). Running a Museum: a practical handbook. Paris:
International Council of Museums, 2004. p. 51-90. Disponível em: unesdoc.unesco.org/ images/0014/001410/141067e.pdf. Acesso
em: 15 set. 2022.
GOVERNO FEDERAL. IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus. Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro. Cartilha 2017 -
Brasília, p. 1 - 48, 2017. Acesso em: 21 jun. 2023.