DISTRIBUIÇÃO SOCIOESPACIAL DOS ESPAÇOS PÚBLICOS:
ANÁLISE COM ÊNFASE NAS PRAÇAS
Keywords:
Espaço público, Mapeamento, Praças, Acessibilidade, DistribuiçãoAbstract
Espaços livres públicos são elementos essenciais na estruturação das cidades e na manutenção da qualidade de vida, responsáveis por estimular interações sociais, práticas esportivas e de lazer. Com a pandemia do Covid19, têm recebido maior protagonismo por representarem espaços livres que permitem encontros sociais ao aberto, garantindo a biossegurança. Quando bem planejados, qualificados e distribuídos adequadamente nas cidades, além de garantirem acesso democrático, possibilitam a permanência de pessoas nos espaços, contribuindo para vitalidade urbana. Nesse sentido, o artigo apresenta uma análise comparativa e reflexiva da distribuição socioespacial dos espaços livres públicos tendo como ênfase as praças da Regional Administrativa 4 - Grande Cobilândia, município de Vila Velha-ES. Após a compreensão de aspectos conceituais e classificatórios, na sequência, as praças foram identificadas e mapeadas no software ArcGis, com auxílio do GoogleEarth e visitas locais, de modo a verificar a disponibilidade e o atendimento à população das praças, considerando um raio de abrangência de 400 metros. As análises também incluíram levantamento de dados socioeconômicos e de criminalidade, com a finalidade de compreender o cenário no qual as praças estão inseridas. A Grande Cobilândia apresenta apenas cinco espaços livres públicos com infraestrutura de praça, contemplando somente 23% da população quando considerado um raio de atendimento de 400 metros. Ademais, bairros de vulnerabilidade socioeconômica e alta densidade demográfica não apresentam nenhum espaço livre público, enquanto bairros de baixa densidade são contemplados por mais de uma praça. Os resultados, portanto, revelam que a distribuição socioespacial das praças na Grande Cobilândia não é homogênea, insuficiente para atender toda a população da Regional, além de priorizar parcelas especificas do território. Espera-se com este trabalho auxiliar no planejamento urbano municipal para que, assim, os espaços livres públicos, em especial as praças, sejam distribuídos com equidade nas cidades, garantindo cidades mais acessíveis, inclusivas e democráticas.