Sustentabilidade a partir de projetos premiados em concursos de Arquitetura

Abstract

Este trabalho decorre de Iniciação Científica, inserido em Projeto de Pesquisa de maior abrangência e em Projeto de Extensão ambos desenvolvidos junto ao Núcleo de Estudos do Projeto de Arquitetura da Universidade Federal do Piauí. Onde entende-se os concursos de projeto de arquitetura como laboratório qualitativo de soluções, onde os partidos desenvolvidos dispõem de ampla liberdade propositiva e reflexão crítica; bem como entende a sustentabilidade com três bases integradas entre si, o “tripé” social, econômico e ecológico. Estas linhas voltam-se à leitura de estratégias nos estudos de caso selecionados, entre 2010 e 2012: Sede da Confederação Nacional dos Municípios, no Distrito Federal (Mira Arquitetos), e Sede do Conselho Regional de Administração, em Santa Catarina (DMDV Arquitetos), buscando por respostas espaciais, questão central de interesse ao campo do projeto da arquitetura, onde se entende o discurso da arquitetura como o próprio edifício. Assim, o objetivo deste trabalho, é a reflexão sobre a produção arquitetônica contemporânea, que contribui para profissionais e acadêmicos expandirem o repertório crítico de projeto de arquitetura, sobretudo em se tratando da reflexão de projetos premiados, que influenciam a produção arquitetônica em geral. Onde, visando uma análise sobre o enfrentamento da sustentabilidade pelo “pé” ecológico através de estratégias de conforto bioclimático, são escolhidos projetos para análise a fim de discorrer sobre soluções de projeto, ênfases aplicadas ou não com enfoque ecológico, nos partidos produzidos por seus projetistas através de: releitura do edital de concurso, buscando encontrar e entender os critérios de sustentabilidade; eleição de condicionantes ambientais das propostas e suas referências normativas; leitura gráfica desses projetos em imagens disponibilizadas pelo autores buscando entender as estratégias adotadas. Assim, ainda que em localizações distintas, a sede da CNM e do CRA apresentam muitas similaridades, onde vê-se que há soluções que fazem pouco uso de recursos naturais em questão de conforto bioclimático.