PLANEJAMENTO E REESTRUTURAÇÃO DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO BOTAS
Palabras clave:
Paisagem Multifuncional, Resiliência, Cheias UrbanasResumen
Os rios historicamente são força motriz do crescimento urbano. A cheia é um processo natural, parte do ciclo da água. Contudo, o processo de desenvolvimento observado atua colaborando para o incremento do escoamento superficial que, por sua vez, potencializa as inundações. Os impactos causados pelo modelo de urbanização vigente são intensificados em áreas onde o desenvolvimento é desacompanhado de infraestrutura de saneamento, onde há um déficit dos serviços públicos que, por vezes, são áreas de periferia urbana. O trabalho propõe o estudo de caso na Bacia Hidrográfica do Rio Botas, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, devido à caracterização do território como periferia e aos recorrentes eventos de inundação na bacia. A pesquisa tem como objetivo formular diretrizes propositivas para o planejamento e elaborar uma proposta para a reestruturação urbana da Bacia do rio Botas. O trabalho começa com uma revisão bibliográfica, que norteia a metodologia de análise do material estudado. A primeira etapa é a decomposição do território em mapas temáticos divididos em quatro camadas. Soma-se a esta um estudo dos elementos perceptivos da paisagem e uma breve análise do contexto de planejamento. A partir da metodologia de análise, foi possível identificar problemas e potencialidades da área de estudo, que consubstanciaram a definição das primeiras diretrizes propositivas. As diretrizes são espacializadas e abordadas em um Plano Territorial. No plano elabora-se o planejamento da paisagem com o uso de componentes projetuais que, por sua vez, estruturam a paisagem da bacia através do corpo hídrico principal. A pesquisa foi capaz de identificar as condições presentes na bacia e os principais conflitos entre cidade e rio. O trabalho objetiva debater uma abordagem nova para o Rio Botas dentro de uma perspectiva no planejamento urbano.