CIDADES SAUDÁVEIS, AGROECOLOGIA E SOBERANIA ALIMENTAR:
(RE)SIGNIFICAÇÃO PARA ENFRENTAMENTO DA COVID19 NAS REGIÕES PERIFÉRICAS DO DFGOMES, MARIA VITÓRIA RIBEIRO
Palabras clave:
Circuito curto de alimento, CSA, sistema alimentar, continuum rural- -urbano, planejamento territorialResumen
A necessidade de lidar rapidamente com as mudanças de acesso ao alimento em áreas urbanas periféricas durante pandemias condiciona uma insegurança alimentar. Caso, as cidades fossem saudáveis, em equilíbrio com o sistema alimentar, as perturbações de fome teriam impactos minimizados pelos aspectos socioespaciais. Pela Carta de Ottawa (1986), a cidade saudável enfatiza a função sistêmica da saúde indissociável da política, da visão ecossistêmica transdisciplinar, da complexidade, da participação social e da equidade no território de ação. No urbanismo, a cidade saudável sugere soluções no planejamento territorial e nas condições de sobrevivência humana. O objetivo do trabalho é construir um mapa com as localidades da produção e da distribuição de alimentos agroecológicos pelas Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) que abastecem o consumo na escala local e regional, pela venda direta do produtor ao consumidor no Distrito Federal - DF. Outro objetivo é constatar se existe uma soberania alimentar das populações das áreas periféricas e periurbanas no enfrentamento a Covid19, pelo modo em que as CSAs se espacializam no território do DF. Os mapas foram executados no software livre QGis 2.14.8 – ESSEN que promove visualização, edição e análises de dados vetoriais (shapes) georreferenciados, extraídos do banco de dados da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) no website Geoportal-DF e da Rede CSA Brasília. Os resultados analisados a partir dos mapas produzidos revelam que os circuitos curtos não atendem as áreas periféricas e que o rural atende o urbano, transpondo o periurbano. Também apontam que a soberania alimentar não é alcançada pelas populações periféricas e periurbanas por meio das CSAs.