REQUISITOS E ESTRATÉGIAS PARA A FLEXIBILIDADE DE LAYOUT EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS: UMA ANÁLISE QUALITATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/sbqp.v8i.3785

Palavras-chave:

Layout flexível, Requisitos de flexibilidade, Organização espacial, Requisitos dos usuários, Inovação em projeto

Resumo

Uma preocupação atual do mercado imobiliário está associada à capacidade de atender às alterações de demanda dos usuários das edificações, que necessitam de espaços cada vez mais adaptáveis às suas realidades, seja em relação à configuração familiar ocupante da edificação ou às necessidades de utilização dos ambientes das residências, em função de atividades laborais, convívio e lazer. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é propor uma discussão acerca dos requisitos para obter um layout que permita essa flexibilidade. Para isso, foram identificados quatorze requisitos por meio de pesquisa bibliográfica e realizou-se a avaliação por meio de questionário com 21 profissionais e acadêmicos da indústria da construção civil. Os respondentes apontaram os requisitos associados às etapas de construção e projetos como os mais importantes. A análise de conteúdo das respostas abertas do questionário permitiu a identificação das estratégias associadas a esses requisitos. Observou-se ainda que as perspectivas dos usuários e aspectos como dinâmica de trabalho e configuração familiar podem ser melhor exploradas a fim de identificar demais fatores de influência na flexibilidade. Por fim, conclui-se que há uma lacuna de conhecimento quanto a materiais e técnicas construtivas que permitam produzir habitações com layout flexível, requerendo mais estudos acadêmicos sobre o tema.

Biografia do Autor

Guilherme Luiz Canzian Marion, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade do Rio Grande do Sul (Porto Alegre- RS, Brasil).

 

Thaís Boff Brauner, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-RS, Brasil).

 

Gustavo Oliveira Pinto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestrado em Engenharia civil pela Universidade Federal Fluminense. Doutorando em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-Rs, Brasil).

 

Lais Zucchetti, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Engenharia Civil pela Unifersidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Adjunta da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre - RS, Brasil).

 

Daniel Tregnago Pagnussat, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Adjunto do Departamento Intedisciplinar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-RS, Brasil).

 

Daniela Dietz Viana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-RS, Brasil).

 

Referências

AHMED, S.; SOBUZ, M. H. R. (2020). Challenges of implementing lean construction in the construction industry in Bangladesh. Smart and Sustainable Built Environment, v. 9, n. 2, p. 174-207.

AVALONE, M. C.; FETTERMANN, D. D. C. (2020). Demandas de customização em edifícios residenciais no Brasil: uma análise de agrupamentos empírico-qualitativa com base no sistema Skeleton/Infill. Ambiente Construído, 20, 489-503.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BOTELHO, L. L. R.; CUNHA, C. C. D. A.; MACEDO, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, 5(11), 121-136.

ELO, S.; KYNGÄS, H. (2008). The qualitative content analysis process. Journal of Advanced Nursing, 62(1), 107 115.

GERHARDT, T. E. et al. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GREENHALGH, T.; PEACOCK, R. (2005). Effectiveness and efficiency of search methods in systematic reviews of complex evidence: audit of primary sources. Bmj, 331(7524), 1064-1065.

HENTSCHKE, C.S.; FORMOSO, C.T.; ROCHA, C.G.; ECHEVESTE, M.E.S. A Method for Proposing Valued-Adding Attributes in Customized Housing. Sustainability 2014, 6, 9244-9267.

HULL, E.; JACKSON, K.; DICK, J. (2005). Requirements Engineering, 2nd Edition. Springer. ISBN 1-85233-879-2.

JALLOW, A.; DEMIAN, P.; BALDWIN, A.; ANUMBA, C. (2014). An empirical study of the complexity of requirements management in construction projects. Engineering, Construction and Architectural Management, Vol. 21, No. 5, 2014, pp. 505-531.

JENSEN, P. (2015). Product configuration in construction. Int. J. Mass Customisation, Vol. 5, No. 1, 2015.

KAMARA, J. et al. (2001). Assessing the suitability of current briefing practices in construction within a concurrent engineering framework. International Journal of Project Management, nº 19, 337-351.

KAMARA, J. M.; ANUMBA, C. J.; EVBUOMWAN, N. F. O. (2002). Capturing client requirements in construction projects. London: Thomas Telford.

KIVINIEMI, A. (2005). Requirements management interface to building product models. VTT Publications.

KOSKELA, L. (1992). Application of the New Production Philosophy to Construction. Technical Report #72. Stanford University, USA.

OLIVEIRA, T. D. (2001). Amostragem não probabilística: adequação de situações para uso e limitações de amostras por conveniência, julgamento e quotas. Administração on line, 2(3), 01-10.

PARK, J. (2004). An Integral Approach to Design Strategies and Construction Systems R.M. Schindler’s “Schindler Shelters”. Journal of Architectural Education, pp. 29–38.

PEGORARO, C.; PAULA, I. C. (2017). Requirements processing for building design: a systematic review. Production, 27, e20162121.

RAVIZ, S. et al. (2015). Flexible housing: the role of spatial organization in achieving functional efficiency. International Journal of Architectural Research. Volume 9 - Issue 2 - July 2015 - (65-76).

RUDBERG, M.; WIKNER, J. (2004). Mass customization in terms of the customer order decoupling point. Production Planning & Control, Vol. 15, No. 4, June 2004, 445–458.

SCHNEIDER, T.; TILL, J. (2005). Flexible housing: opportunities and limits. Arq: Architectural Research Quarterly, 9(2), 157-166.

SCHOENWITZ, M.; NAIM, M.; POTTER, A. (2012). The nature of choice in mass customized house building. Construction Management and Economics, 30:3, 203-219.

STREINER, D. L. (2003) Starting at the Beginning: An Introduction to Coefficient Alpha and Internal Consistency. Journal of Personality Assessment, 80:1, 99-103.

ULRICH, K. (1995). The role of product architecture in the manufacturing firm. Research Policy, 24, 419-441.

ŽIVKOVIĆ, M.; JOVANOVIĆ, G. (2012). A method for evaluating the degree of housing unit flexibility in multi-family housing. Facta Univ. Ser.: Archit. Civil. Eng. 10 (1), 17–32.

Downloads

Publicado

2023-10-28

Como Citar

Canzian Marion, G. L., Brauner, T. B., Pinto, G. O., Zucchetti, L., Pagnussat, D. T., & Viana, D. D. (2023). REQUISITOS E ESTRATÉGIAS PARA A FLEXIBILIDADE DE LAYOUT EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS: UMA ANÁLISE QUALITATIVA . SIMPÓSIO BRASILEIRO DE QUALIDADE DE PROJETO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 8(1). https://doi.org/10.46421/sbqp.v8i.3785

Edição

Seção

PRÁTICA - ATUAÇÃO PROFISSIONAL E VALORIZAÇÃO DO PROJETO

Artigos Semelhantes

<< < 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.