Contratações públicas e os desafios do BIM

estudo de caso em um escritório técnico universitário

Resumo

As licitações no Brasil têm suscitado discussões particularmente na contratação de projetos e obras. Embora a Lei 8666 admita a contratação pela “melhor técnica”, muitas vezes o critério “menor preço” foi determinante na escolha. Como os projetos apresentados por ocasião do certame nem sempre continham todas as informações, a execução do contrato trazia surpresas não previstas no orçamento original, levando aos aditivos no contrato. A nova Lei de Licitações 14133 apresenta uma alteração significativa, ao apontar que o BIM (Building Information Modeling) deve ser preferencialmente adotado, sempre que adequado ao objeto da licitação. Entende-se que, pela integração das informações num modelo, o BIM pode proporcionar aos contratados uma perspectiva mais realista em relação ao custo total da construção, facilitando uma escolha mais acertada por parte do Poder Público. No entanto, a adoção da metodologia pelas empresas e escritórios públicos depende da adaptação do processo de projeto usualmente praticado. Esse artigo é parte de uma pesquisa de mestrado, que busca apresentar alternativas para adoção do BIM pelos escritórios técnicos das Universidades Públicas. Realizou-se um levantamento nos documentos que caracterizam os escritórios técnicos de três Universidades Federais que atuam no estado do Rio de Janeiro, com especial atenção ao Escritório Técnico Universitário pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro (ETU/UFRJ). a partir de um estudo de caso. Os resultados não são categóricos, mas revelam alternativas que podem ser consideradas por outros escritórios técnicos de empresas públicas brasileiras.