Edifícios altos em cidade litorânea de pequeno porte: o efeito da legislação urbanística segundo a visão de moradores e veranistas
DOI:
https://doi.org/10.46421/singeurb.v3i00.1142Palavras-chave:
Cidade litorânea, Verticalização, Legislação urbanísticaResumo
Este trabalho tem como objetivo investigar a adequação da legislação urbanística em cidade litorânea de pequeno porte por meio dos níveis de satisfação de moradores e veranistas com a presença de edifícios altos. Como área de estudo, foram selecionados três bairros localizados na área central de Capão da Canoa, cidade localizada no Rio Grande do Sul: (1) Centro, onde predominam edifícios baixos de até 5 pavimentos; (2) Zona Nova, que concentra a maior parte dos edifícios médios de 6 a 9 pavimentos; (3) Navegantes, onde se situa a maior parte de edifícios altos de 10 a 12 pavimentos. Os dados foram coletados através de 289 questionários e 86 entrevistas com moradores e veranistas dos três bairros. Os resultados revelam, por exemplo, que o fato de morar ou veranear em bairros com predomínio de edificações baixas, médias ou mesmo com predomínio de edificações altas não reduziu a avaliação negativa da presença de edifícios altos (10 a 12 pav.) na cidade, principalmente, entre os moradores dos bairros Centro e Zona Nova. Ainda, verifica-se a insatisfação da maioria dos moradores e veranistas com a legislação urbanística atual, sobretudo, pelos afastamentos laterais insuficientes entre as edificações, sobretudo, em edifícios de 10 a 12 pavimentos.
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