Desempenho luminoso de refletor inclinado em Vitória - ES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/encac.v17i1.3747

Palavras-chave:

Iluminação natural, Refletores inclinados, Superfícies refletoras

Resumo

Edificações locadas em climas quentes podem receber grande quantidade de radiação solar direta, o que traz prejuízos para o conforto luminoso e térmico dos usuários dos ambientes internos. Aberturas laterais envidraçadas conciliadas com dispositivos de controle solar colaboram no sombreamento, bem como no redirecionamento e aumento da reflexão da luz para o ambiente interno, potencializando assim o desempenho luminoso deste ambiente. Desta forma este artigo se propõe a investigar o desempenho luminoso de refletores inclinados em Vitória - ES. A metodologia abrange o uso da Geometria Solar bem como simulação computacional em ambiente interno. Foram testados 10 modelos com Refletores Inclinados a 15°, 30° e 45° e refletâncias de 0,2; 0,5; 0,9 além de um modelo sem Refletor Inclinado. As simulações empregaram o software TropLux o qual gerou os dados de iluminância em 20 pontos de uma malha ortogonal locada no ambiente. Os horários simulados foram das 8h00 às 16h00 para todos os dias do ano com abertura orientada para Norte e Sul. Para Sul, os melhores resultados das UDI’s (Useful Daylight Illuminances) provêm dos refletores inclinados
associados aos menores coeficientes de reflexão, independente da inclinação simulada. Para Norte, a variação da inclinação proporciona diferenças na ALN que chegam a 20% entre os modelos com refletores no qual, o modelo com a menor inclinação associada a maior refletância apresentou o melhor resultado. Ainda para Norte, com relação a UDI, também o modelo com a menor inclinação e maior refletância apresentou melhor performance, enquanto que os modelos inclinados à 30° ou 45° devem estar associados a maior refletância para melhor performance no ambiente interno.

Biografia do Autor

Maria Clara Friedrich Dadalto, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória - ES, Brasil). Orientanda de Iniciação Científica. Estagiária na área de Planejamento Urbano na URBTEC TM (Curitiba - PR, Brasil).

Andréa Coelho Laranja , Universidade Federal do Espírito Santo

Doutorado em Ciências em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Associado II da Universidade Federal do Espírito Santo no Curso de Arquitetura e Urbanismo (Vitória - ES, Brasil).

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Publicado

26/10/2023

Como Citar

DADALTO, M. C. F. .; LARANJA , A. C. Desempenho luminoso de refletor inclinado em Vitória - ES. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 17., 2023. Anais [...]. [S. l.], 2023. p. 1–10. DOI: 10.46421/encac.v17i1.3747. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/encac/article/view/3747. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

6. Iluminação Natural e Artificial

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