MAPEAMENTO DO USO DE BRISES EM RECORTE URBANO EM VITÓRIA-ES

Resumo

São inúmeras as possibilidades de configurações das fachadas, as quais podem ser compostas, no caso de clima tropical úmido, por dispositivos sombreadores nas aberturas, dentre eles os brises horizontais e verticais. Estes se corretamente dimensionados e posicionados, podem ser uma estratégia adequada para o controle da radiação solar do ambiente interno. Por outro lado, nota-se um esquecimento quanto a esta função dos brises e uma aplicação priorizando outros aspectos, dentre eles os aspectos formais. Diante disto esta pesquisa tem como objetivo desenvolver um mapeamento do emprego de brises verticais e horizontais, em um recorte amostral da cidade de Vitória-ES. A metodologia foi dividida em três etapas: definição do recorte urbano amostral e estabelecimento dos aspectos a serem levantados; sistematização das características dos brises e organização das informações na forma de gráficos; avaliação das máscaras de sombra. Os resultados evidenciaram que das 266 edificações analisadas somente cerca de 10% empregam brises. A maior parte deles são dispositivos verticais e predominantemente empregados em ambiente tipo garagem de edificações residenciais. Dentre as intenções de uso dos brises verticais foi possível inferir que a sua adoção se deu considerando a composição estética da fachada, aumento da privacidade do ambiente interno, além de ventilação constante dos ambientes, visto que a maior parte são empregados em ambientes de garagem sem a esquadria de vedação. No caso dos brises horizontais sua adoção se justifica em função do sombreamento que este promove nos horários de maior altura solar.