ANÁLISE ERGONÔMICA DE CAMINHABILIDADE
UMA APLICAÇÃO PRÁTICA DA AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DO AMBIENTE URBANO
Palavras-chave:
ergonomia, caminhabilidade, avaliação ergonômicaResumo
Com o aumento da população mundial vivendo em áreas urbanas, somado ao enfrentamento recente da pandemia mundial causada pelo Coronavírus-2, reforça-se a necessidade de se debater a importância das cidades e a qualidade de vida urbana, principalmente em termos de conforto, segurança e bem-estar. Neste contexto, a Ergonomia emerge como potencial ferramenta de avaliação, principalmente da qualidade ambiental com a qual os pedestres se deparam nas cidades, e, consequentemente, da Caminhabilidade dos percursos urbanos. No entanto, é notória a lacuna metodológica com relação a estudos ergonômicos no meio urbano voltados a esta temática. Diante do exposto, este artigo tem por objetivo contribuir a este debate, e apresenta uma análise ergonômica da Caminhabilidade de duas ruas no município de São Paulo. A metodologia adotada consiste na sistematização da coleta de dados quantitativos e qualitativos, a partir de levantamentos empíricos, seguida de um cruzamento comparativo entre os dados obtidos. A etapa quantitativa aferiu elementos físicos do ambiente urbano. A etapa qualitativa, por sua vez, realizada por meio de observação sociocomportamental, centrou-se em aspectos subjetivos relacionados à percepção ambiental dos pedestres. As fichas de avaliação ergonômica produzidas para estas duas análises foram tabuladas e avaliadas por meio de diagramas visuais compostos por uma escala de avaliação cromática de três níveis. A partir do cruzamento comparativo dos resultados obtidos entre as instâncias quantitativa e qualitativa, é possível afirmar que os critérios de “Quadra” e “Edifício” possuem significativa relevância no aspecto sociocomportamental dos pedestres. Conclui-se, ainda, que correlacionar atrativos de uso do solo e dos próprios edifícios de uma quadra deve ser uma das prioridades em diretrizes de desenhos urbanos e de políticas públicas de Caminhabilidade. Por último, verifica-se a importância da Ergonomia como ferramenta de avaliação ambiental urbana da Caminhabilidade, principalmente face às novas necessidades de utilização do espaço urbano decorrentes da pandemia mundial.
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