AVALIAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO SEGUNDO O MODELO DE CONFORTO ADAPTATIVO DA ASHRAE 55
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DUAS ESCOLAS NO SEMIÁRIDO POTIGUAR
Palavras-chave:
Conforto térmico adaptativo, Avaliação do conforto térmico, Salas de aula, Semiárido, Caicó-RNResumo
O conforto térmico é considerado uma exigência humana no campo da arquitetura, uma vez que este faz parte de um conjunto de aspectos necessários para prover bem-estar dos indivíduos nas edificações. Em edificações escolares, a preocupação é ainda maior com as condições de conforto térmico, pois as atividades de ensino-aprendizagem exigem ambientes adequados em seus níveis de temperatura e umidade do ar. Dessa maneira, a observação empírica de edificações situadas em regiões do clima semiárido nordestino levantou a atenção de pesquisa, no intuito de saber se o ambiente construído das escolas apresenta condições adequadas de conforto térmico. Têm-se como recorte geográfico o município de Caicó/RN como representante do semiárido potiguar. A observação se desenvolve em duas escolas de ensino médio da rede pública. O objetivo geral do trabalho é identificar o desempenho térmico de ambientes escolares utilizando a abordagem do conforto adaptativo como método de avaliação de salas de aula. Os procedimentos metodológicos são determinados pela normativa americana ASHRAE 55, a qual faz uma relação entre a temperatura operativa dos ambientes com a faixa de conforto obtido das condições externas. O levantamento de parâmetros ambientais foi feito em dois períodos do ano de 2018: o primeiro no período com condições higrotérmicas mais amenas; e o segundo, com condições extremas. Os resultados apresentados, direcionam a perspectiva comparada entre o ambiente construído das duas escolas. Tem-se que as salas de aula da escola CEJA apresentam melhor desempenho na correlação entre a zona de conforto e temperatura operativa, enquanto a EECAM apresenta menor desempenho pois as curvas de temperatura operativa ultrapassam o limite de conforto com ventilação nas duas temporalidades de registro, sendo o período vespertino o que mais apresenta desconforto térmico aos usuários. Considera-se também, nesse estudo, que aspectos da envoltória são intervenientes para o menor ou maior desempenho térmico dos ambientes internos das edificações.
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