CAMINHABILIDADE E POLÍTICAS DE ESTACIONAMENTO: PROPOSTA DE RECONVERSÃO DE USO NA RUA SANTA IFIGÊNIA – SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v18i.708Palavras-chave:
mobilidade a pé, pedestres, experimentaçãoResumo
A melhoria da caminhabilidade urbana, muitas vezes, ocorre pela “renegociação” do uso dos espaços públicos. A reconversão de faixas de tráfego, ou de estacionamento rotativo, em áreas de passeio, funciona como estratégia para equilibrar os diversos usos que uma rua pode servir. A dificuldade de implementação de projetos similares se dá pela inércia e influência do uso excessivo do carro, mesmo nos centros urbanos dotados de plena infraestrutura para aportar outros modos ativos de mobilidade. Nesse sentido, os mecanismos experimentais ganham espaço, pois permitem uma maior celeridade para propostas inovadoras e permitem uma maior incerteza, sendo facilmente revertidas as condições iniciais, em caso de resultados não satisfatórios. A Rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, é um claro exemplo de conflito de usos que ocorrem no espaço público: carros, motocicletas, pedestres, caminhões, carroceiros e mendigos disputam atenção na rua durante o horário comercial, todos os dias. Este artigo apresenta uma reconfiguração do desenho urbano: a conversão das vagas de estacionamento público em espaços seguros e confortáveis para
caminhar. O estudo também traz uma estratégia para implementação por meio do método experimental e discute suas vantagens e limitações.
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