ASPECTOS DE CONFORTO AMBIENTAL COMO RESPOSTA ÀS ALTERAÇÕES SENSORIAIS DOS EDUCANDOS COM TEA
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v18i.844Palavras-chave:
Arquitetura escolar, Autismo, Conforto ambiental, Integração sensorialResumo
Compreender as necessidades e características dos usuários da edificação de ensino é essencial para o desenvolvimento de projetos escolares qualificados para a prática do ensino-aprendizagem. A presente análise faz parte de uma pesquisa de mestrado acadêmico. A mesma constrói uma relação de aspectos de conforto ambiental, que precisam ser explorados nas soluções projetuais, direcionados a edifícios educacionais especializados no atendimento de educandos com transtorno do espectro do autista (TEA). O levantamento destes aspectos possui a finalidade de propor uma estrutura flexível a ser explorada durante todo o processo de projeto arquitetônico, traçando assim caminhos e estratégias de conforto ambiental que visam responder às particularidades existentes no processamento sensorial dos autistas. Tais averiguações são pertinentes visto o grande número de diagnósticos de autismo realizados a cada ano no Brasil e no mundo. Esta demanda contemporânea levanta diversos questionamentos sobre o modo como se tem projetado edificações de ensino. A partir das análises realizadas verifica-se que a arquitetura escolar impacta diretamente o comportamento e a progressão acadêmica dos autistas. Deste modo, compreender as necessidades desse usuário é essencial para a concepção de prédios escolares capazes de estimular adequadamente os seus sentidos e impulsionar seu desenvolvimento educacional.
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