INJUSTIÇA SOCIAL:

AS ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA HÍDRICA UTILIZADAS POR MORADORES DO ASSENTAMENTO PEQUENO WILLIAM EM PLANALTINA-DF

Abstract

A crise ambiental sistêmica e a falta de uma política pública eficiente para a gestão dos recursos hídricos no Distrito Federal estruturam a crise do abastecimento de água para a população, resultando em racionamentos jamais visto na história dessa região do país. No Assentamento Pequeno William na Região Administrativa de Planaltina, Distrito Federal, Brasil, O principal empecilho para a prosperidade dos cultivos familiares é a falta de recursos hídricos disponíveis. Este trabalho tem como objetivo evidenciar a luta das famílias assentadas pela reforma agrária, que continua após a conquista da terra. Por meio da prática da pesquisa-ação, da cartografia participativa e de entrevistas semi-estruturadas, obteve-se o levantamento dos obstáculos que dificultam a prosperidade da vida e dos cultivos no Assentamento Pequeno William, bem como as soluções de baixo custo adotadas pelos assentados para garantir sua sobrevivência. A pesquisa utilizou o conceito de Soluções Baseadas na Natureza - SBN, da ONU, para organizar as tecnologias levantadas e apontar outras possíveis soluções de baixo custo para a escassez hídrica. Foi possível concluir que colocar em prática experiências vividas ou herdadas de ancenstrais, amigos colaboradores ou mesmo encontradas na internet, nos livros e em outros meios diversos, promovem a autonomia da comunidade sobre os meios de controle e dependência, muitas vezes inerentes às políticas públicas aplicadas por todo Brasil, e buscam combater a crise hídrica por meio de visão sistêmica que reúne práticas de reservatório e reúso, restauração de cobertura vegetal e técnicas de agricultura agroecológica.