ESPONJA URBANA:
O CASO DO CANAL DE EXTRAVASAMENTO EM SÃO LEOPOLDO/ RS
Palabras clave:
Drenagem urbana, esponja urbana, infraestrutura verde, desenho urbano, cidades sustentáveis e resilientesResumen
O conceito ‘Esponja Urbana’ se baseia em estratégias para garantir espaço e tempo para que as águas urbanas escoem gradualmente até rios, arroios e lagos, diminuindo os riscos de enchentes e inundações. Esse termo representa a busca por uma maior porosidade e permeabilidade do solo, para que a água possa ser absorvida e retornada à camada subterrânea, trazendo benefícios como melhoria do microclima urbano, aumento da biodiversidade, captura e armazenamento de CO2 e outras funções ecossistêmicas. Envolve coberturas verdes, bacias de infiltração ou zonas de lago, vegetação nativa voltada para absorção d’água, pavimentação permeável, entre outros. Assim, diante da importância e urgência em buscar soluções, através do desenho urbano, mais adequadas para nossas cidades, este artigo discute alternativas para a maximização da drenagem do solo em áreas com risco de inundação, investigando a aplicabilidade do conceito de ‘Esponja Urbana’ no contexto local e propondo a criação de espaços multifuncionais que preservem as condições naturais, mas que possam ser utilizados pela população. Adota como objeto de estudo o canal secundário de extravasamento do Rio dos Sinos, localizado em São Leopoldo/ RS. Foram realizados levantamentos de dados e levantamentos físicos da área e entorno/ cidade, assim como pesquisa sobre os condicionantes urbanísticos e ambientais. Foi verificada a necessidade de integração da gestão das águas urbanas com o ecossistema, proporcionando maior qualidade ambiental e fomento da relação da população com o rio e seu ambiente natural, através de espaço multifuncionais para uso em todas as épocas do ano, o que pode dar maior visibilidade ao tema e contribuir para a conscientização e educação ambiental. Concluindo, este artigo pretende contribuir para o debate de soluções de desenho urbano que visem construir resiliência nas cidades diante do enfrentamento necessário às mudanças climáticas e, assim, contribuir para a produção de cidades inclusivas, resilientes, sustentáveis e saudáveis.